sábado, 28 de setembro de 2013

A VISITA DA IMAGEM PEREGRINA DO DIVINO PAI ETERNO

PREPARAÇÃO PARA A VISITA DA IMAGEM PEREGRINA DO DIVINO PAI ETERNO



Encerrando o Ano da Fé e abrindo as comemorações pelos 35 anos da Diocese de Barreiras, no dia 24 de novembro de 2013, a partir das 13h00, no Parque de Exposições da Cidade Geraldo Rocha, Barreiras, receberemos pela primeira vez a Visita da Imagem Peregrina do Divino Pai Eterno, conduzida pelo Reitor do Santuário Basílica de Trindade - GO, o Missionário Redentorista, Pe. Robson de Oliveira, CSsR.
 A celebração constará de louvor, testemunhos, apresentações artísticas regionais, celebração eucarística e cânticos. Será transmitida ao vivo para todo o Brasil pela Rede Vida de Televisão.
 Com o tema: “Eu vou louvar o Pai Eterno e experimentar de perto o seu divino amor”, as Visitas da Imagem Peregrina fazem parte de um trabalho evangelizador, iniciado há cinco anos e realizado pelo reitor do Santuário Basílica de Trindade.
 Dom Josafá Menezes e o Padre Verneson Francisco, coordenador de pastoral, estão trabalhando para a preparação do evento. Está marcada uma reunião, 4ª feira, 18 de setembro, para organizar as comissões de trabalho.
Dom Josafá foi recebido pelo Prefeito de Barreiras, Antônio Henrique, apresentou o projeto e o prefeito disponibilizou o local e se comprometeu de apoiar o evento no que for necessário.
 O Bispo Diocesano e a Comissão Organizadora estão preparando os Projetos de Parcerias. O evento deverá contar com a parceria do comércio, das empresas em geral, das prefeituras municipais dos outros municípios que compõem a Diocese de Barreiras e com os fiéis em geral.
 As paróquias e comunidades não somente da diocese de Barreiras deverão começar a organizar as suas caravanas para participar do grande evento de evangelização de todo o Oeste da Bahia.
PE. ROBSON
 Padre Robson de Oliveira Pereira, redentorista, é reitor do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno desde 2003. O presbítero nasceu na cidade de Trindade - GO em 26 de Abril de ano de 1974. Ingressou no seminário aos 14 anos de idade e dez anos depois foi ordenado presbítero para o serviço de Deus. Trabalhava na Pastoral Vocacional e na formação de vocacionados ao clero por durante dois anos. Depois disso, foi para Roma estudar Teologia Moral pela Universidade do Vaticano. Com quase uma centena de artigos publicados, o Reverendo sempre discute e orienta sobre vida ética e cristã.
Voltando de Roma, Pe. Robson sentiu o desejo e necessidade de fazer devoção ao Divino Pai Eterno, e esta por sua vez ser mais difundida, conquistando gradativamente espaços na televisão, em nível regional pela TV Brasil central com missas semanais; e depois em nível nacional, pela Rede. O marco que sagrou a conquista do carinho, emoção e fé do povo foi o início da “Novena dos Filhos do Pai Eterno” pela TV, seguida com pregações e preces falando sobre temas que atingem o cerne da vida humana. Em ano de 2009, o redentorista começou coordenar mais uma novena em rede nacional: a Novena do Perpétuo Socorro.

HISTÓRIA DA DEVOÇÃO
A história da Imagem do Divino Pai Eterno, com 170 anos de sua descoberta conta que por volta de 1840 o senhor Constantino e sua esposa Ana Rosa Xavier encontraram, enquanto trabalhavam na lavoura, um medalhão de barro de aproximadamente 8 cm com a estampa da Santíssima Trindade coroando Nossa Senhora. Oscularam a imagem, trouxera-a para casa e a notícia se espalhou rapidamente juntamente com a sucessão de milagres. Começou-se então a comemoração festiva com a novena que culmina sempre no dia da Grande Festa, no primeiro domingo do mês de julho.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Setembro Mês da Bíblia


Webnode

“Tua Palavra é lâmpada para os meus pés e luz para o meu caminho!” (Salmo 119,105)


Setembro é o mês da Bíblia. Este mês foi escolhido pela Igreja porque no dia 30 de setembro é dia de São Jerônimo (ele nasceu no ano de 340 e faleceu em 420 dC). São Jerônimo foi um grande biblista e foi ele quem traduziu a Bíblia dos originais (hebraico e grego) para o latim, que naquela época era a língua falada no mundo e usada na liturgia da Igreja.
A Bíblia é hoje o único livro que está traduzido em praticamente todas as línguas do mundo e que está em quase todas as casas. Serve de “alimento espiritual” para a Igreja e para as pessoas e ajuda o povo de Deus na sua caminhada em busca de construir um mundo melhor.
“Toda Escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar, para argumentar, para corrigir, para educar conforme a justiça ” (2Tm 3,16). A Bíblia foi escrita por pessoas chamadas e escolhidas por Deus e que foram inspiradas através do Espírito Santo. Ela revela o projeto de Deus para o mundo; serve para que todos possamos crescer na fé e levar uma vida de acordo com o projeto de Deus. Por isso, ela é a grande “Carta de Amor” de Deus à Humanidade.
A Palavra de Deus nos revela o rosto de Deus e seu mistério. Ela é a história do Deus que caminhou com seu povo e do povo que caminhou com seu Deus. A Bíblia tem uma longa história, desde nossos pais e mães da fé (Abraão e Sara, Isaac e Rebeca, Jacó Lia e Raquel) passando por Moisés, pelos Profetas, até a vinda do Messias, e por fim a morte do último dos Doze Apóstolos quando foi escrito o último livro da Bíblia (o Apocalipse, escrito no final do I século). A Palavra de Deus demorou em torno de dois mil anos para ser escrita. Muitas pessoas fizeram parte desta história: homens, mulheres, crianças, jovens, anciãos... Por isso, podemos dizer que a Bíblia é um livro feito em mutirão.

Passaram-se os tempos, os anos, mudaram muitas coisas, impérios cresceram e caíram, tantas idéias foram superadas, mas a Palavra de Deus continua “viva e eficaz” (Hb 4,12), pois “ela permanece para sempre” (1Pd 1,25). Embora o mundo busca outros caminhos, sempre existiram pessoas e comunidades que foram fiéis, que buscaram nas Palavras Sagradas a fonte para sua inspiração, para continuar vivendo e realizando o projeto de Deus.
Mais do que história, a Bíblia é portadora de uma mensagem. Ela é capaz de denunciar e anunciar. Ela denuncia as injustiças, os pecados, as situações desumanas, de pobreza, exploração e exclusão em que vivem tantos irmãos nossos. Foi isso que fizeram os Profetas e também Jesus Cristo em algumas ocasiões, pois toda situação de injustiça e pecado é contrária ao projeto de Deus. Mas a Bíblia é, sobretudo, um livro de anúncio. Ela proclama a boa notícia vinda de Deus: Ele nos ama e nos quer bem! Ele é o Deus que caminha conosco, que está ao nosso lado e nos dá força e coragem! Foi Deus que enviou ao mundo seu Filho Jesus Cristo. Ele veio nos trazer a Boa Notícia do Reino; veio nos trazer a Salvação, o perdão dos pecados. É através da fé em Jesus Cristo que nos tornamos filhos de Deus.
Na Bíblia encontramos textos para as diversas situações da vida. Ela ajuda a fortalecer a nossa fé; é útil na nossa formação, nos momentos de crises e dificuldades, na dor, na doença ou na alegria… Para todas as realidades encontramos textos apropriados.
Todos podemos e devemos ler, estudar e conhecer a Palavra de Deus. É certo que na Bíblia encontramos alguns textos difíceis. A Bíblia mesmo diz isso (veja 2Pd 3,16¸ At 8,30-31; Dn 9,2; etc). Certas passagens foram escritas dentro de uma realidade diferente da nossa. Precisam ser interpretadas e atualizadas. Por isso, quando não entendemos um texto, é melhor passar adiante, buscar outra passagem. O Pe. Zezinho nos ensina cantando: “Dai-me a palavra certa, na hora certa, do jeito certo e pra pessoa certa”. É recomendável fazer um curso, uma Escola Bíblica ou estudar em grupos. Tudo isso ajuda a entender melhor a Bíblia.
Na verdade, todo mês devia ser Mês da Bíblia; todo dia devia ser Dia da Bíblia. Por isso, a Bíblia não pode ser apenas um ornamento em nossa casa. A Palavra de Deus deve ser o nosso alimento de cada dia e buscar nela o sustento para a nossa vida.
Termino lembrando um texto bonito de São Paulo: “Tudo o que se escreveu no passado foi para o nosso ensinamento que foi escrito, afim de que, pela perseverança e consolação, que nos dão as Escrituras, tenhamos esperança” (Rm 15,4). Que neste mês da Bíblia, a Palavra que vem da boca de Deus nos anime, dê força e coragem e com isso sejamos cristãos da Esperança!



sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Dom Josafá na Áustria

Diário da Viagem à Áustria
14-22 de agosto de 2013


Compartilho com os amigos da Diocese de Barreiras (padres, diáconos, religiosas, seminaristas, lideranças das comunidades e todo o povo em geral) as notícias de minha viagem para Áustria, onde celebrei o 3º aniversário de falecimento de Dom Ricardo Weberberger, no Mosteiro de Kremsmünster; aproveitando a ocasião para fazer contatos com os amigos da Diocese de Barreiras.
Viajei de Salvador, acompanhado pela Ir. Sabina, 13 de agosto.
Dia 14Chegada em Portugal, Lisboa. De Lisboa, viajamos para Viena, capital da Áustria. Em Viena, estava nos esperando a Ir. Flávia, que esteve em Barreiras nos anos 70. Ela nos conduziu paraSteinerkircher, convento das Irmãs Beneditinas do Coração de Maria.
Pernoitei no Convento para presidir a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora, cedo no outro dia.
Dia 15 – Solenidade Assunção de Maria. Presidi a missa de N. Senhora no Convento, com a participação da comunidade. Ainda pela manhã, visitei o Mosteiro Beneditino de Lambach e a casa das Irmãs Idosas, a mais velha 101 anos. De tarde, encontrei com as irmãs do Conselho da Congregação e o Padre Aloísio, pároco de Steinerkircher. Como a Superiora tinha visitado o Brasil em junho de 2013, falamos sobre situação da diocese e da região. 16h30 as irmãs, Flávia e Sabina me acompanharam até Kremsmünster. Padre Geraldo estava me esperando na entrada do Mosteiro.
Rezei as vésperas solenes – em latim a compreensão é bem maior – e, depois do jantar, concluímos a agenda dos dias na Áustria.Rezei as vésperas solenes – em latim a compreensão é bem maior – e depois da janta fizemos(Abade Ambros e os padres Daniel eGeraldo) a agenda da Áustria.
Dia 166h30, concelebrei na capela de São Miguel e na entrada li a frase que deu significado ao ministério de Dom Ricardo: “fiz tudo o que era possível”.
9h00 – Padre Geraldo, o Abade Ambros e eu fomos para Linz, onde encontramos o bispo Ludiwig. Na Cúria de Linz, fomos acolhidos pelo bispo. Agradecemos a ajuda que a Diocese de Linz ofereceu para construção do Memorial. Foi muito simpático. Tomamos café e fomos rezar na capela do palácio pela diocese de Barreiras.
De tarde, com Padre Geraldo, caminhei pelo imenso terreno do Mosteiro e pela cidade. Depois, fui celebrar a missa numa comunidade. Ainda consegui jantar com o padre Roberto que falava espanhol. Ele cuidou dos internos de língua espanhola.
Dia 17 – Festa de Santo Agapito e 3º Aniversário de falecimento de Dom Ricardo.
Foi o dia mais importante. 10h00 concelebrei com o Abade Ambros a missa de Santo Agapito, patrono do Mosteiro, o 3º ano de falecimento de Dom Ricardo e aniversário de profissão de vários padres. Presentes os familiares de Dom Ricardo (Hans, Aloísio, Elisabeth, sobrinhos, sobrinhos netos e os cunhados). Ricardo, sobrinho, sempre muito afetuoso e saudoso. Foi um dia emocionante.
Depois da missa, a confraternização – ágape. Ali muitas recordações e muitas pessoas amigas de Barreiras, inclusive Eliene, seu cunhado Giuseppe e filhos. Rafael e Carlos mandaram muitas lembranças. Presentes também os pais do padre Cristiano.
Estavam também Benjamim e Vitória, jovem casal que está fazendo o visto para um ano de voluntariado em Barreiras.
Dia 18Domingo. 7h00 – Padre Daniel e eu chegamos aAdlwang, paróquia que faz mensalmente uma coleta para Diocese de Barreiras. Na missa dos 8h00, poucas pessoas. Eu fiz a pregação, agradeci e falei da realidade da diocese. Terminada a missa na matriz, fomos para a periferia da cidade, ali estava sendo realizada uma festa da cidade num galpão. A missa fazia parte de um programa especial. Nunca vi uma missa tão criativa na Europa. O tema era alegria, solidariedade e as coisas que contam. Fiquei emocionado com as músicas e os gestos das jovens, sobretudo. Também fiz a pregação.
Depois da missa, música, comidas e bebidas típicas. Conversamos sobre a realidade da diocese e depois fomos ao Mosteiro para almoço.
De tarde, fomos ao Almsee (Ir. Sabina e Padre Daniel).Muitas pessoas no lago. Caminhamos, olhamos o lago e tomamos café.
Voltamos cedo para o encontro com o Governador da Alta Áustria. Vindo de Salzburgo, pegou um engarrafamento.O encontro aconteceu 21h30. No horário preciso estava ele. Foi um encontro simpático.  Ele confirmou a promessa que fez ao Padre Cristiano de ajudar na construção do Memorial: 30% do orçamento que deverá ser liberado em 2014 e 2015. O governador se deteve ainda por um pouco, inclusive falando de política. A imigração foi o tema principal.
Dia 19Celebrei com a comunidade. Pude acompanhar a missa em alemão, seguindo o Missal pequeno. Achei incrível que o presidente rezou a oração eucarística IV com pausas de uma parte para outra, com devoção. No café da manhã, padre Roberto disse que o Mosteiro de Kremsmünster possui 54 monges e assume 26 paróquias.
Depois fomos ao Santuário Mariano da Áustria,Mariazell. Belíssima paisagem e ali a oração por toda a diocese. A mãe da Áustria é de certo modo nossa mãe.
Voltando encontramos com o Roland, representante do WADI – desinfeção solar. É um aparelho inventado pela universidade suíça e fabricado na Áustria pela Helioz de Viena. Mede a purificação que os raios solares realizam na água, destruindo as bactérias, tornando a água potável. O Padre Davi está disposto a fazer uma campanha para distribuir às comunidades carentes.
Dia 20Cedo concelebrei na Capela São Miguel. Depois do café, a reunião com o Abade sobre a solidariedade dos amigos da Diocese de Barreiras. Depois da reunião, acompanhados pelo irmão de Ir. Sabina, Franz e pela irmã, Ana, fomos ao moderno Mosteiro Beneditino – GutAirch. Depois passamos na casa de Aloisio Weberberger, irmão mais velho de Dom Ricardo.
Dia 21.
6h30 concelebrei a festa de São Pio X. Depois, o café da manhã. 9h00, Padre Geraldo me acompanhou até a sede da MIVA-Áustria. Ali, estavam a atual diretora, a jovem Christine Parzer, neta do fundador, Karl Kumpfmüller, e a responsável pelos projetos da AL. Agradecemos a solidariedade da MIVA com a diocese, 50% dos carros que nós adquirim,os nos últimos anos .
11h00 – o Padre Roberto me mostrou o Mosteiro de Kremsmünster, fazendo uma exposição de algumas partes (Sala dos Imperadores,das Guerras, Biblioteca, Igreja e outros).
De tarde, visitei os pais do Padre Cristiano. Prof. Fritz nos levou para a Igreja de São Lourenço, a Igreja mais importante de Enns para vermos peças de sua autoria (cruzes peitorais, cálice da ordenação do Padre Cristiano, o altar da cruz, chave enorme da Igreja de Enns, etc). Depois nos mostrou o túmulo da família com a obra de arte de decoração: a Via Sacra que está no Cantinho e o quadro do ressuscitado com a sua família (os pais e os filhos).
Hoje, me senti muito familiarizado em Kremsmünster. Recebi muitos gestos de carinho.
Terminando a etapa da Áustria, tive a sensação de concluir a viagem, mas devo ir ainda Hamburgo e aos outros lugares. Outros amigos meus e da Diocese de Barreiras me esperam. Também os padres Sérgio e José Grigório.
Dia 22.Celebrei a missa das 6h30. Tomei café. Fiz as despedidas, inclusive de Dom Ricardo e fui para o Aeroporto de Linz, acompanhado pelo Padre Daniel. De Linz, vou para Frankfourt e dali para Hamburg, onde encontro com o Padre Sérgio e Brígida.
Peço a todos que me acompanhem com a oração!
Dom Josafá Menezes da Silva
Bispo da Diocese de Barreiras.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Ilustre visitante

Ilustre visitante

Papa Emérito Bento XVI visitou Castel Gandolfo no domingo

Castel Gandolfo recebeu uma ilustre visita neste último domingo, 18. O Papa Emérito Bento XVI foi pela primeira vez à Vila Pontifícia desde que passou a residir no Mosteiro Mater Ecclesiae, no Vaticano, em maio deste ano.
A visita de Bento XVI durou cerca de três horas. Ele estava acompanhado de quatro leigas consagradas que o assistem no mosteiro.
Nos jardins da Residência de Verão, o Papa Emérito recitou o rosário e assistiu a um concerto de piano, retornando para o Vaticano no final da tarde.
O Papa Francisco já havia convidado Bento XVI para passar o período de verão na residência. (LMI)

Comissão para o Laicato inicia preparação do tema prioritário da próxima AG

Comissão para o Laicato inicia preparação do

tema prioritário da próxima AG


Um dos temas prioritários da próxima Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, em 2014, será o laicato. Por este motivo, em reunião na sede da CNBB nesta segunda-feira, 19 de agosto, a Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato pontuou alguns aspectos importantes que deverão estar presentes nesta reflexão.
“A nossa tentativa é elaborar uma proposta de temas de estudo e de como nós podemos enfrentar a questão do laicato, numa dimensão positiva, e enriquecer a ação e o testemunho dos leigos na Igreja e na sociedade”, explica o presidente da Comissão, dom Severino Clasen. Ele também destaca que o Documento de Aparecida, as atuais Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora e mesmo os recentes discursos do Papa Francisco em sua visita ao Brasil evidenciam muitos aspectos fundamentais sobre a atuação dos leigos.
Ainda esta semana, a Comissão para o Laicato deverá apresentar à Presidência da CNBB os membros da equipe que vai elaborar o subsídio de reflexão do tema para a próxima Assembleia Geral. “É muito importante montar uma equipe boa para que possamos levar um material importante. A temática está amadurecendo, e nós não temos pressa, para que possa ser bem trabalhado e mobilizar todos os leigos e leigas do Brasil”, afirma dom Severino.
Também participaram da reunião o bispo de Macapá (AP), dom Pedro José Conti e o bispo de Tocantinópolis (TO), dom Giovane Pereira. A nova presidente do Conselho Nacional do Laicato do Brasil, Marilza José Lopes, também participou do encontro, juntamente com a equipe de assessores da Comissão.
Por CNBB
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terça-feira, 20 de agosto de 2013

Conselho Episcopal Pastoral avalia Jornada Mundial da Juventude

Conselho Episcopal Pastoral avalia Jornada Mundial da Juventude

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Consep220082013
Com ênfase no mês vocacional e nos ecos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), teve início, em Brasília (DF), mais uma reunião do Conselho Episcopal Pastoral da CNBB. O evento, que prossegue até quinta-feira, dia 22, reúne a presidência da Conferência, os presidentes das comissões episcopais pastorais e seus respectivos assessores, bem como representantes dos organismos e pastorais vinculados à instituição.
O presidente da CNBB, cardeal Raymundo Damasceno Assis, presidiu a celebração de abertura, durante a qual destacou a importância das vocações para a caminhada da Igreja no Brasil. Em seguida, na primeira sessão do dia, os bispos e assessores avaliaram a Jornada Mundial da Juventude, realizada em julho deste ano, no Rio de Janeiro, com a presença do papa Francisco. O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família, dom João Carlos Petrini, ressaltou a “sintonia dos jovens com o papa” e o nível de participação e do envolvimento dos jovens no evento. “Temos uma juventude de grande qualidade”, afirmou o bispo.
Já o presidente da Comissão para a Ação Missionária, dom Sérgio Braschi, destacou a presença da juventude missionária. Lembrou que a juventude de toda a América Latina foi convidada a celebrar a Semana Missionária, em Niterói. E logo depois, foi aberta a Sede Missionária, promovida pelas Pontifícias Obras Missionárias (POM) e que teve como objetivo proporcionar a todos os peregrinos a oportunidade de fazerem uma reflexão missionária, a partir da dinâmica da missão Ad Gentes e conhecer as POM e suas atividades de animação e cooperação missionária na Igreja.
Em visita ao Conselho Episcopal Pastoral, o prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica no Vaticano, cardeal João braz de Aviz, disse que a Igreja “está em uma fase muito bonita, de simplificação, autenticidade, de encontro com a pessoa como ela é,  e com um papa que tem o coração do tamanho do mundo”.
DomAvizO presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato, dom Severino Clasen, falou sobre a esperança do povo. “A JMJ mexeu com todos os seguimentos da sociedade. A figura no rosto é de ânimo. É preciso manter essa esperança”, exclamou o bispo.
Os jovens que não puderam participar por alguma razão também foram lembrados. O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, Justiça e Paz, dom Guilherme Werlang, que se encontrava em Moçambique nos dias em que foi realizada a Jornada, disse que muitos jovens moçambicanos encontravam-se com a cruz da JMJ e que tinham muito interesse em saber as notícias sobre o evento no Brasil.
O secretário-geral, dom Leonardo Steiner, pediu aos membros do Consep que refletissem sobre a mensagem do papa proferida durante o Encontro com o Episcopado Brasileiro, no dia 27 de julho. Na mensagem, segundo dom Leonardo, o papa insiste em questões como unidade, diversidade e  evangelização.
Análise de conjuntura
Durante a segunda sessão, o secretário executivo da Comissão Brasileira Justiça e Paz da CNBB, Pedro Gontijo, apresentou a análise de conjuntura, na qual destacou a visita do papa Francisco ao Brasil, a situação da Síria, Tunísia e Egito; as relações entre Palestina e Israel; as eleições na América Latina ; a luta pela Reforma Política no Brasil; manifestações populares; Projeto de Lei de Iniciativa Popular Saúde +10, entre outros.
A respeito do Saúde +10, dom Leonardo Steiner lembrou o longo trabalho feito pela Igreja no Brasil. “Várias dioceses e pastorais se engajaram bastante na coleta de assinaturas. Chegamos ao final da entrega. Agora temos de acompanhar”, afirmou o secretário geral da CNBB. O projeto de lei prevê a destinação de 10% da receita bruta da união para a saúde.
Ainda nesta segunda sessão, o assessor político da CNBB, padre Geraldo Martins, falou sobre questões importantes que estão sendo discutidas no Congresso como, por exemplo,  a Reforma do Código Penal; os projetos que modificam a nova lei 12.845, que dispõe sobre a obrigatoriedade do atendimento a pessoas que sofrem violência sexual e a demarcação das terras indígenas.
Acolhida
O cardeal Raymundo Damasceno Assis apresentou ao Conselho Episcopal Pastoral e deu boas-vindas ao novo presidente da Conferência dos Religiosos do Brasil, Irmão Paulo Petry, da Congregação dos Irmãos de São João Batista de La Salle (Lassalistas); à nova presidente do Conselho Nacional do Laicato do Brasil, Marilza Schuina; e à nova assessora de imprensa, Eliane Muniz.

domingo, 18 de agosto de 2013

HOMILIA DO SANTO PADRE FRANCISCO



SANTA MISSA NA SOLENIDADE DA ASSUNÇÃO
DA BEM-AVENTURADA VIRGEM MARIA
HOMILIA DO SANTO PADRE FRANCISCO
Praça da Liberdade, Castel Gandolfo
Quinta-feira 15 de Agosto de 2013


Queridos irmãos e irmãs!
No final da Constituição sobre a Igreja, o Concílio Vaticano II deixou-nos uma meditação belíssima sobre Maria Santíssima. Destaco apenas as expressões que se referem ao mistério que celebramos hoje. A primeira é esta: «A Virgem Imaculada, preservada imune de toda a mancha de culpa original, terminado o curso da vida terrena, foi elevada ao Céu em corpo e alma e exaltada por Deus como Rainha» (Cost. dogm. Lumen gentium, 59). Em seguida, perto do final do documento, encontramos esta expressão: «A Mãe de Jesus, assim como, glorificada já em corpo e alma, é imagem e início da Igreja que há de se consumar no século futuro, assim também na terra brilha como sinal de esperança segura e de consolação, para o Povo de Deus ainda peregrinante, até que chegue o dia do Senhor» (ibid., 68). À luz deste belíssimo ícone de Nossa Mãe, podemos considerar a mensagem contida nas Leituras bíblicas que acabamos de ouvir. Podemos nos concentrar em três palavras-chave: luta, ressurreição e esperança.
A passagem do livro do Apocalipse apresenta a visão da luta entre a mulher e o dragão. A figura da mulher, que representa a Igreja, é por um lado gloriosa, triunfante, e por outro ainda se encontra em dificuldade. De fato, assim é a Igreja: se no Céu já está associada com a glória de seu Senhor, na história enfrenta constantemente as provações e desafios que supõe o conflito entre Deus e o maligno, o inimigo de todos os tempos. E, nesta luta que os discípulos de devem enfrentar – todos nós, todos os discípulos de Jesus devemos enfrentar esta luta -, Maria não os deixa sozinhos; a Mãe de Cristo e da Igreja está sempre conosco. Sempre caminha conosco, está conosco. Maria também, em certo sentido, compartilha esta dupla condição. Ela, é claro, entrou definitivamente na glória do Céu. Mas isso não significa que Ela esteja longe, que esteja separada de nós; na verdade, Maria nos acompanha, luta conosco, sustenta os cristãos no combate contra as forças do mal. A oração com Maria, especialmente o Terço – atenção: o Terço! Rezais o Terço todos os dias? Mas, não sei não... [os fiéis gritam: sim!] Sério? Bem, a oração com Maria, especialmente o Terço, também tem essa dimensão “agonística”, ou seja, de luta, uma oração que dá apoio na luta contra o maligno e seus aliados. O Terço também nos sustenta nesta batalha.
A segunda leitura fala da ressurreição. O apóstolo Paulo, escrevendo aos Coríntios, insiste no fato de que ser cristão significa acreditar que Cristo ressuscitou verdadeiramente dos mortos. Toda a nossa fé se baseia nesta verdade fundamental, que não é uma ideia, mas um evento. E o mistério da Assunção de Maria em corpo e alma também está inteiramente inscrito na Ressurreição de Cristo. A humanidade da Mãe foi “atraída” pelo Filho na sua passagem através da morte. Jesus entrou de uma vez por todas na vida eterna com toda a sua humanidade, a qual ele recebera de Maria. Assim, Ela, a Mãe, que o seguira fielmente durante toda a sua vida, tinha-O seguido com o coração, entrou com Ele na vida eterna, que também chamamos de Céu, Paraiso, Casa do Pai.
Maria também conheceu o martírio da Cruz: o martírio do seu coração, o martírio da alma. Ela sofreu tanto, no seu coração, enquanto que Jesus sofria na Cruz. Ela viveu a Paixão do Filho até o fundo de sua alma. Ela estava totalmente unida com Ele na morte, e por isso foi-Lhe dado o dom da ressurreição. Cristo como primícias dos Ressuscitados, e Maria como primícias dos redimidos, a primeira daqueles “que pertencem a Cristo”. Ela é nossa Mãe, mas também podemos dizer que é nossa representante, nossa irmã, nossa primeira irmã; Ela é a primeira entre os redimidos que chegou ao Céu.
O Evangelho nos sugere uma terceira palavra: esperança. A esperança é a virtude daqueles que, experimentando o conflito, a luta diária entre a vida e a morte, entre o bem e o mal, creem na Ressurreição de Cristo, na vitória do Amor. Escutamos o canto de Maria, o Magnificat: é o cântico da esperança, é o cântico do Povo de Deus no seu caminhar através da história. É o cântico de muitos santos e santas, alguns conhecidos, outros – muitíssimos – desconhecidos, mas bem conhecidos por Deus: mães, pais, catequistas, missionários, padres, freiras, jovens, e também crianças, avôs e avós; eles enfrentaram a luta da vida, levando no coração esperança dos pequenos e dos humildes. Maria diz: «A minha alma engrandece ao Senhor» - hoje a Igreja também canta a mesma coisa, e o canta em todas as partes do mundo. Este cântico é particularmente intenso, onde o Corpo de Cristo hoje está sofrendo a Paixão. Onde está a Cruz, para nós cristãos, há esperança, sempre. Se não há esperança, nós não somos cristãos. Por isso gosto de dizer: não deixeis que vos roubem a esperança. Que não vos roubeis a esperança, porque esta força é uma graça, um dom de Deus que nos leva para frente, olhando para o Céu. E Maria está sempre lá, próxima dessas comunidades, desses nossos irmãos, caminhando com eles, sofrendo com eles, e cantando com eles o Magnificat da esperança.
Queridos irmãos e irmãs, unamo-nos com todo o coração a este cântico de paciência e de vitória, de luta e de alegria, que une a Igreja triunfante com a Igreja que peregrina, ou seja, nós; que une a terra com o Céu, que une a nossa história com a eternidade, para a qual caminhamos. Assim seja.