domingo, 22 de maio de 2011

Beata Ir. Dulce Maria













A fragilidade de Irmã Dulce era apenas aparente. A miudinha freira, raro exemplo de bondade e amor, foi arquiteta de uma das mais notáveis obras sociais do Brasil. Nascida Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, com 13 anos manifestou o desejo de entrar para o convento. Na época, já inconformada com a pobreza, amparava miseráveis e carentes. Aos 18, recebeu o diploma de professora e entrou para a Congregação da Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, do Convento de São Cristóvão, em Sergipe. Com os votos de profissão de fé, a já então Irmã Dulce, em homenagem à mãe, voltou a Salvador, onde trabalhou como enfermeira voluntária e professora de Geografia. Sem vocação para lecionar, dedicou-se ao trabalho social nas ruas. Começou prestando assistência à comunidade favelada dos bairros de Alagados e de Itapagipe. Mais tarde, fundou a União Operária São Francisco, primeiro movimento cristão operário de Salvador, e depois o Círculo Operário da Bahia, que proporcionava atividades culturais e recreativas, além de uma escola de ofício. Criou, em 1939, o Colégio Santo Antônio, instituição pública para os operários e seus filhos. No mesmo ano, ocupando um barracão, passou a abrigar mendigos e doentes, levados depois ao Mercado do Peixe, nos Arcos do Bonfim. Desalojados pelo prefeito da cidade, acolheu-os, com a permissão da madre superiora, no galinheiro do Convento das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição, transformado em 1960, com o apoio do governador do Estado, que cedeu um terreno, em Albergue Santo Antônio, com 150 leitos (hoje o Hospital Santo Antônio). Inaugurou ainda um asilo, o Centro Geriátrico Júlia Magalhães, e um orfanato, o Centro Educacional Santo Antônio, que abriga atualmente 300 crianças de 3 a 17 anos e oferece cursos profissionalizantes.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

VOCAÇÃO! CHAMADO CONSTANTE DE DEUS



Quero ser feliz? Quero me realizar? Quero fazer da minha vida algo útil?
Quantos jovens expressam assim o seu desejo de descobrir a sua vocação. O importante, porém, é descobrir o que Cristo espera de cada um de nós, a partir das nossas capacidades, mas também a partir das necessidades de nosso povo.
Falar de “vocação” significa assim falar de busca e de procura, de tentar seguir e encontrar-se nos caminhos que levam a uma vida cheia de sentido. A vocação é interrogação de vida a ser respondida por todos. Interrogação que passa pela questão “Senhor, onde queres que eu Te sirva?”, que é outra forma de perguntar “Onde queres Senhor, que eu ponha em ação a minha capacidade de amar? Interrogação que envolve um discernimento às vezes prolongado, já que poucas vezes a resposta é algo evidente.
Observamos na íntegra que a pergunta sobre vocação costuma assustar e até incomodar algumas pessoas. Na linguagem popular é normal considerar que só uns poucos “têm vocação”, ou que só os padres e religiosas receberam uma vocação.
No entanto, a clarificação desta questão começa pela constatação de que todos têm “vocação’. Pois a palavra vocação vem do latim vocare, e quer dizer “chamar”. O primeiro e grande chamado que Deus faz ao ser humano é o chamado à vida “desde o ventre materno eu te conheci” (Jr 1,5). São vários os chamados à vida que Deus faz nas Sagradas Escrituras.
Depois da vocação a vida, temos as vocações específicas, que são as vocações leigas, religiosas cristãs e familiares. É neste sentido que todos têm vocação, já que todos são convidados a viver uma vida plena, onde quer que ela se realize.
“Quem é que você está procurando?” (Jo 20,15).
Há um Deus que te chama, e uma comunidade que necessita; só falta a tua resposta para que aconteça no mundo uma vocação realizada! Contudo, todo chamado exige uma resposta. Que possamos responder a Deus da Vida com mais otimismo, esperança e muita fé, respeitando essa grande dádiva que é a vida em plenitude. E quando formos chamados, responderemos igual a Samuel: “Fala Senhor que teu servo escuta” (1Sm 3,9). 
Ó Cristo Jesus, Tu foste jovem como eu. Soubeste como ninguém viver os anos mais belos da Tua vida. Ensina-me a ser jovem. Dá-me um coração bom e puro, manso e humilde como o Teu. Põe no meu coração os Teus sentimentos de amor, de entusiasmo e de disponibilidade para realizar a vontade do Pai. Amém!




          Seminarista Robervalto Soares de Souza
1ª de Teologia - Diocese de Barreiras
 

terça-feira, 17 de maio de 2011

Semana Vocacional na Diocese



As paróquias da Diocese de Barreiras concluíram, domingo 15 de maio de 2011, a “Semana Vocacional” – “Em atenção à tua Palavra, lançarei as redes” (Lc 5).

A coordenação da Pastoral Vocacional enviou para todas as comunidades um programa que constava de terço vocacional, celebração vocacional, visitas vocacionais às escolas e outras atividades. De 8.05 a 15.05.2011, cada comunidade pôde, com criatividade, celebrar a 48ª Jornada Mundial de Oração pelas Vocações Sacerdotais e Religiosas, de acordo com a Mensagem do Papa Bento XVI, cujo tema: “Propor as vocações na Igreja local”. O Papa Bento XVI recordou os 60 anos da instituição da Pontifícia Obra para as Vocações Sacerdotais. “As vocações crescem e amadurecem nas Igrejas particulares em contextos familiares sãos e robustecidos de espírito de fé, caridade e piedade” (Angelus, 15.05.2011).

A Jornada Mundial deste ano rezou pela ordenação diaconal dos seminaristas, marcada para 04 de junho, às 18h00, na Igreja São Sebastião – Barreirinhas: Alexandre, Cícero, Gleicimar e Jocleilson.



Dom Josafá Menezes da Silva 
Bispo Diocesano de Barreiras - Bahia

domingo, 15 de maio de 2011

Bons Pastores da Diocese de Barreiras - Bahia

 
Padres da Diocese de Barreiras - BA


Seminaristas da Diocese de Barreiras - BA


Bispo da Diocese de Barreiras - BA



O Bom Pastor é aquele que dá a vida por suas ovelhas. Assim também deve ser aqueles que se espelham no Bom Pastor, que são vocês caros Sacerdotes/Bispo e vocês irmãos Seminaristas. Que o Bom Pastor faça com que, o vosso ministério sacerdotal e a vossa caminhada rumo ao sacerdócio seja repleto de graças e louvores ao Pai.

Parabéns Amigos Sacerdotes e irmãos Seminaristas pelo seu SIM.

Mensagem do papa Bento XVI para o 48º Dia Mundial de Oração pelas Vocações


 

Queridos irmãos e irmãs!
O 48.º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, que será celebrado no dia 15 de Maio de 2011, IV Domingo de Páscoa, convida-nos a refletir sobre o tema: «Propor as vocações na Igreja local». Há sessenta anos, o Venerável Papa Pio XII instituiu a Pontifícia Obra para as Vocações Sacerdotais. Depois, em muitas dioceses, foram fundadas pelos Bispos obras semelhantes, animadas por sacerdotes e leigos, correspondendo ao convite do Bom Pastor, quando, «ao ver as multidões, encheu-Se de compaixão por elas, por andarem fatigadas e abatidas como ovelhas sem pastor» e disse: «A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi, pois, ao dono da messe que mande trabalhadores para a sua messe» (Mt 9, 36-38).
A arte de promover e cuidar das vocações encontra um luminoso ponto de referência nas páginas do Evangelho, onde Jesus chama os seus discípulos para O seguir e educa-os com amor e solicitude. Objeto particular da nossa atenção é o modo como Jesus chamou os seus mais íntimos colaboradores a anunciar o Reino de Deus (cf. Lc 10, 9). Para começar, vê-se claramente que o primeiro ato foi a oração por eles: antes de os chamar, Jesus passou a noite sozinho, em oração, à escuta da vontade do Pai (cf. Lc 6, 12), numa elevação interior acima das coisas de todos os dias. A vocação dos discípulos nasce, precisamente, no diálogo íntimo de Jesus com o Pai. As vocações ao ministério sacerdotal e à vida consagrada são fruto, primariamente, de um contacto constante com o Deus vivo e de uma oração insistente que se eleva ao «Dono da messe» quer nas comunidades paroquiais, quer nas famílias cristãs, quer nos cenáculos vocacionais.
O Senhor, no início da sua vida pública, chamou alguns pescadores, que estavam a trabalhar nas margens do lago da Galileia: «Vinde e segui-Me, e farei de vós pescadores de homens» (Mt 4, 19). Mostrou-lhes a sua missão messiânica com numerosos «sinais», que indicavam o seu amor pelos homens e o dom da misericórdia do Pai; educou-os com a palavra e com a vida, de modo a estarem prontos para ser os continuadores da sua obra de salvação; por fim, «sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo para o Pai» (Jo 13, 1), confiou-lhes o memorial da sua morte e ressurreição e, antes de subir ao Céu, enviou-os por todo o mundo com este mandato: «Ide, pois, fazer discípulos de todas as nações» (Mt 28, 19).
A proposta, que Jesus faz às pessoas ao dizer-lhes «Segue-Me!», é exigente e exaltante: convida-as a entrar na sua amizade, a escutar de perto a sua Palavra e a viver com Ele; ensina-lhes a dedicação total a Deus e à propagação do seu Reino, segundo a lei do Evangelho: «Se o grão de trigo cair na terra e não morrer, fica só ele; mas, se morrer, dá muito fruto» (Jo 12, 24); convida-as a sair da sua vontade fechada, da sua ideia de auto-realização, para embrenhar-se noutra vontade, a de Deus, deixando-se guiar por ela; faz-lhes viver em fraternidade, que nasce desta disponibilidade total a Deus (cf. Mt 12, 49-50) e se torna o sinal distintivo da comunidade de Jesus: «O sinal por que todos vos hão-de reconhecer como meus discípulos é terdes amor uns aos outros» (Jo 13, 35).
Também hoje, o seguimento de Cristo é exigente; significa aprender a ter o olhar fixo em Jesus, a conhecê-Lo intimamente, a escutá-Lo na Palavra e a encontrá-Lo nos Sacramentos; significa aprender a conformar a própria vontade à d’Ele. Trata-se de uma verdadeira e própria escola de formação para quantos se preparam para o ministério sacerdotal e a vida consagrada, sob a orientação das autoridades eclesiásticas competentes. O Senhor não deixa de chamar, em todas as estações da vida, para partilhar a sua missão e servir a Igreja no ministério ordenado e na vida consagrada; e a Igreja «é chamada a proteger este dom, a estimá-lo e amá-lo: ela é responsável pelo nascimento e pela maturação das vocações sacerdotais» (JOÃO PAULO II, Exort. ap. pós-sinodal Pastores dabo vobis, 41). Especialmente neste tempo, em que a voz do Senhor parece sufocada por «outras vozes» e a proposta de O seguir oferecendo a própria vida pode parecer demasiado difícil, cada comunidade cristã, cada fiel, deveria assumir, conscientemente, o compromisso de promover as vocações. É importante encorajar e apoiar aqueles que mostram claros sinais de vocação à vida sacerdotal e à consagração religiosa, de modo que sintam o entusiasmo da comunidade inteira quando dizem o seu «sim» a Deus e à Igreja. Da minha parte, sempre os encorajo como fiz quando escrevi aos que se decidiram entrar no Seminário: «Fizestes bem [em tomar essa decisão], porque os homens sempre terão necessidade de Deus – mesmo na época do predomínio da técnica no mundo e da globalização –, do Deus que Se mostrou a nós em Jesus Cristo e nos reúne na Igreja universal, para aprender, com Ele e por meio d’Ele, a verdadeira vida e manter presentes e tornar eficazes os critérios da verdadeira humanidade» (Carta aos Seminaristas, 18 de Outubro de 2010).
É preciso que cada Igreja local se torne cada vez mais sensível e atenta à pastoral vocacional, educando a nível familiar, paroquial e associativo, sobretudo os adolescentes e os jovens – como Jesus fez com os discípulos – para maturarem uma amizade genuína e afetuosa com o Senhor, cultivada na oração pessoal e litúrgica; para aprenderem a escuta atenta e frutuosa da Palavra de Deus, através de uma familiaridade crescente com as Sagradas Escrituras; para compreenderem que entrar na vontade de Deus não aniquila nem destrói a pessoa, mas permite descobrir e seguir a verdade mais profunda de si mesmos; para viverem a gratuidade e a fraternidade nas relações com os outros, porque só abrindo-se ao amor de Deus é que se encontra a verdadeira alegria e a plena realização das próprias aspirações. «Propor as vocações na Igreja local» significa ter a coragem de indicar, através de uma pastoral vocacional atenta e adequada, este caminho exigente do seguimento de Cristo, que, rico de sentido, é capaz de envolver toda a vida.
Dirijo-me particularmente a vós, queridos Irmãos no Episcopado. Para dar continuidade e difusão à vossa missão de salvação em Cristo, «promovam o mais possível as vocações sacerdotais e religiosas, e de modo particular as missionárias» (Decr. Christus Dominus, 15). O Senhor precisa da vossa colaboração, para que o seu chamamento possa chegar aos corações de quem Ele escolheu. Cuidadosamente escolhei os dinamizadores do Centro Diocesano de Vocações, instrumento precioso de promoção e organização da pastoral vocacional e da oração que a sustenta e garante a sua eficácia. Quero também recordar-vos, amados Irmãos Bispos, a solicitude da Igreja universal por uma distribuição equitativa dos sacerdotes no mundo. A vossa disponibilidade face a dioceses com escassez de vocações torna-se uma bênção de Deus para as vossas comunidades e constitui, para os fiéis, o testemunho de um serviço sacerdotal que se abre generosamente às necessidades da Igreja inteira.
O Concílio Vaticano II recordou, explicitamente, que o «dever de fomentar as vocações pertence a toda a comunidade cristã, que as deve promover, sobretudo mediante uma vida plenamente cristã» (Decr. Optatam totius, 2). Por isso, desejo dirigir uma fraterna saudação de especial encorajamento a quantos colaboram de vários modos nas paróquias com os sacerdotes. Em particular, dirijo-me àqueles que podem oferecer a própria contribuição para a pastoral das vocações: os sacerdotes, as famílias, os catequistas, os animadores. Aos sacerdotes recomendo que sejam capazes de dar um testemunho de comunhão com o Bispo e com os outros irmãos no sacerdócio, para garantirem o húmus vital aos novos rebentos de vocações sacerdotais. Que as famílias sejam «animadas pelo espírito de fé, de caridade e piedade» (Ibid., 2), capazes de ajudar os filhos e as filhas a acolherem, com generosidade, o chamamento ao sacerdócio e à vida consagrada. Convictos da sua missão educativa, os catequistas e os animadores das associações católicas e dos movimentos eclesiais «de tal forma procurem cultivar o espírito dos adolescentes a si confiados, que eles possam sentir e seguir de bom grado a vocação divina» (Ibid., 2).
Queridos irmãos e irmãs, o vosso empenho na promoção e cuidado das vocações adquire plenitude de sentido e de eficácia pastoral, quando se realiza na unidade da Igreja e visa servir a comunhão. É por isso que todos os momentos da vida da comunidade eclesial – a catequese, os encontros de formação, a oração litúrgica, as peregrinações aos santuários – são uma ocasião preciosa para suscitar no Povo de Deus, em particular nos menores e nos jovens, o sentido de pertença à Igreja e a responsabilidade em responder, com uma opção livre e consciente, ao chamamento para o sacerdócio e a vida consagrada.
A capacidade de cultivar as vocações é sinal característico da vitalidade de uma Igreja local. Invoquemos, com confiança e insistência, a ajuda da Virgem Maria, para que, seguindo o seu exemplo de acolhimento do plano divino da salvação e com a sua eficaz intercessão, se possa difundir no âmbito de cada comunidade a disponibilidade para dizer «sim» ao Senhor, que não cessa de chamar novos trabalhadores para a sua messe. Com estes votos, de coração concedo a todos a minha Bênção Apostólica.
Vaticano, 15 de Novembro de 2010.
BENEDICTUS PP. XVI

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Bom Pastor

         

          Este domingo tem nome. É o chamado “domingo do bom pastor”. Diante do evangelho que fala do bom pastor, a Igreja reza pelas vocações, para que nunca faltem aqueles que se colocam à disposição do Senhor, para cuidar do rebanho que sempre é de Deus.
          É muito importante perceber que é o próprio Jesus que se apresenta como este pastor que conhece as suas ovelhas e faz tudo para elas o sigam sempre em direção às melhores pastagens.
          Aliás, a grande curiosidade é sempre aquela: são muitos os que se estão no verdadeiro rebanho de Jesus Cristo? Ou então aquela outra: são muitos os que se salvam e se encontram com Deus na eternidade.
          O texto do Apocalipse, sobre o qual nós refletimos neste domingo, nos descreve a visão que o apóstolo João testemunha: “Eu vi uma multidão de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas, e que ninguém podia contar. Estavam de pé diante do trono e do cordeiro; trajavam vestes brancas e traziam palmas na mão” (Apoc.7,9).
          Além disso, o texto acrescenta: “Esses são os que vieram da grande tribulação. Lavaram e alvejaram as suas roupas no sangue do Cordeiro” (Apoc.7,140). É claro que se trata de uma linguagem figurada, ninguém vai alvejar ou branquear suas roupas no sangue. Mas, todos eles foram redimidos por Jesus Cristo.
          Por isso, os que se encontram junto de Deus, na glória eterna são muitos, são numerosos, graças à obra salvadora de Jesus Cristo. O que realmente aconteceu na Páscoa de Jesus Cristo foi esta obra redentora. Ele morreu pelos pecados de toda a humanidade. Ele nos redimiu. Ele fez a sua parte. Nós somos hoje um povo redimido.
          É este Cristo Jesus que foi anunciado por Paulo e Barnabé, a princípio para o povo de Israel, que era o antigo povo de Deus. Este povo tinha sido escolhido para acolher o Salvador. Mas, como o rejeitaram e, diante da pregação dos apóstolos, deram pouca atenção. No texto que lemos neste domingo, Paulo e Barnabé começam a obra missionária junto aos outros povos. É a vez dos gregos e romanos. A Europa começa a ser evangelizada. E, a partir dali a palavra de Deus, chegou a nós. Cristo é o bom pastor e nós somos o seu rebanho.

Escrito por Dom Zeno    

ASSEMBLEIA GERAL DA CNBB - Entrevista com Dom Geraldo Majella - 09/05/11

Beata Irmã Dulce - 22/05




A fragilidade de Irmã Dulce era apenas aparente. A miudinha freira, raro exemplo de bondade e amor, foi arquiteta de uma das mais notáveis obras sociais do Brasil. Nascida Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, com 13 anos manifestou o desejo de entrar para o convento. Na época, já inconformada com a pobreza, amparava miseráveis e carentes. Aos 18, recebeu o diploma de professora e entrou para a Congregação da Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, do Convento de São Cristóvão, em Sergipe. Com os votos de profissão de fé, a já então Irmã Dulce, em homenagem à mãe, voltou a Salvador, onde trabalhou como enfermeira voluntária e professora de Geografia. Sem vocação para lecionar, dedicou-se ao trabalho social nas ruas. Começou prestando assistência à comunidade favelada dos bairros de Alagados e de Itapagipe. Mais tarde, fundou a União Operária São Francisco, primeiro movimento cristão operário de Salvador, e depois o Círculo Operário da Bahia, que proporcionava atividades culturais e recreativas, além de uma escola de ofício. Criou, em 1939, o Colégio Santo Antônio, instituição pública para os operários e seus filhos. No mesmo ano, ocupando um barracão, passou a abrigar mendigos e doentes, levados depois ao Mercado do Peixe, nos Arcos do Bonfim. Desalojados pelo prefeito da cidade, acolheu-os, com a permissão da madre superiora, no galinheiro do Convento das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição, transformado em 1960, com o apoio do governador do Estado, que cedeu um terreno, em Albergue Santo Antônio, com 150 leitos (hoje o Hospital Santo Antônio). Inaugurou ainda um asilo, o Centro Geriátrico Júlia Magalhães, e um orfanato, o Centro Educacional Santo Antônio, que abriga atualmente 300 crianças de 3 a 17 anos e oferece cursos profissionalizantes.

domingo, 1 de maio de 2011

Maio Mês de Maria – REFLEXÃO: (Lucas, 1,26-38)





Ouvindo o relato do evangelista sobre o encontro do anjo com Maria, contemplamos muitas coisas bonitas e importantes sobre a Mãe de Deus. Maria é uma virgem, de uma pequena cidade chamada Nazaré, que ficava longe do centro político e religioso da Palestina. Ao receber o anúncio do anjo, Maria se assusta, mas ao mesmo tempo questiona como acontecerá todas aquelas coisas. Após a explicação do anjo, Maria se coloca inteira à disposição de Deus com seu “SIM”.
Nas entrelinhas vemos duas atitudes importantes: a ilimitada bondade de Deus e a total adesão de Maria. Ao escolher uma jovem virgem da periferia, em sua pequenez e simplicidade, e que nada poderia oferecer, a não ser a si própria, Deus se mostra inteiramente disposto a salvar. A gratuidade de Deus se mostra nos pequenos e humildes, sem nada exigir em troca. De sua parte, ao dizer “sim” a Deus, Maria se coloca completamente nas mãos d’Ele, apresentando-se como “SERVA DO SENHOR”, em total disponibilidade.
Dizer que a Virgem Maria concebeu por obra do Espírito Santo é dizer que o que se realiza nela é por inteira iniciativa e vontade de Deus. Por outro lado, na virgindade de Maria encontramos uma bonita abertura da humanidade para a salvação oferecida por Deus. Vemos nela uma consagração total de sua pessoa e de suas potencialidades.
Na relação entre Deus e Maria não existiu reservas, condições ou exigências. Tudo se deu na mais perfeita generosidade, liberdade e graça.
Vejamos nesta atitude de Maria um exemplo forte de confiança Naquele que se crê. Quando acreditamos verdadeiramente não impomos condições, apenas amamos e nos entregamos a este amor. E a partir desse momento, começamos a experimentar em nossas vidas, as graças que nos vêm desta entrega confiante.

Por:  Padre José Mario de Oliveira