sábado, 28 de abril de 2012

Domingo do Bom Pastor

Rezemos pelas VOCAÇÕES irmãos.
OBRA VOCACIONAL!

"Eu sou o bom pastor; o bom pastor dá a vida pelas ovelhas"
Evangelho do Bom Pastor - Jo 10, 11-18


Em sentido estrito, a liturgia deste Domingo convida-nos a refletir sobre a segunda parte do capítulo 10 do Evangelho de são João, desde o versículo 11 até o 18. No entanto, visto que a primeira parte do relato, do versículo 1 ao 10, está intimamente relacionada com a segunda, tomaremos o texto completo para meditar sobre Jesus, o Bom Pastor (do versículo 1 ao 18, inclusive).
Em uma cultura pastoril e com pano de fundo seminômade de muitos anos, a imagem do pastor é muito forte. Aplica-se aos guias, chefes e governantes do povo e, acima de tudo, ao próprio Deus. São muitos os textos do AT que vão nesta direção. Basta recordar o belo salmo 22: “O Senhor é meu pastor; nada me faltará”.
Jesus conta-nos o que acontecia na Palestina a cada manhã. Um grande redil ou curral, com vários rebanhos e com um porteiro. Estes redis ou currais eram mais ou menos retangulares e estavam cercados por pequenos muros de pedras empilhadas. Tinham uma pequena porta de madeira em um espaço que ficava na espécie de parede de pedras empilhadas. De manhã, chegam os pastores e cada uma carrega seu rebanho, chamando as ovelhas por seu nome (em algumas inscrições do séc. I, na Palestina, aparecem nomes de ovelhas: “Orelhas grandes”, “focinho branco”), refletindo, assim, a relação particular de cada pastor com suas ovelhas (vv. 1-6).
Esta é a primeira parte do relato, os seis primeiros versículos. A seguir, a reflexão desenvolve-se em duas partes:
A meditação sobre a porta das ovelhas, nos versículos de 7 a 10.
A meditação sobre o Bom Pastor, nos versículos de 11 a 18.
Vamos situar-nos lentamente no relato para escutar o que Deus tem a dizer-nos hoje…
Contemplemos o relato a partir de fora, observemos e analisemos as diferentes personagens (divinas, humanas ou animais) e o que faz ou não faz cada uma. Há cerca de nove personagens que circulam em nosso relato. Percorramos o texto:
1. LADRÃO e/ou BANDIDO: não entra pela porta (v. 1); vem somente para roubar, matar e destruir (v. 10).
2. PASTOR: entra pela porta e cuida das ovelhas (v. 2); chama a cada ovelha por seu nome (v. 3); caminha diante das ovelhas (v. 4).
3. PORTEIRO (“aquele que cuida da entrada”): abre a porta (v. 3).
4. OVELHAS: reconhecem a voz do pastor (v. 3); seguem o pastor porque reconhecem-lhe a voz (v. 4); não seguem um desconhecido, fogem dele, porque não lhe reconhecem a voz (v. 5); não se importam com os ladrões e bandidos (v. 8); entram e saem pela porta que é Jesus e encontram pastos (v. 9); conhecem Jesus (vv. 14-15).
5. JESUS: é a porta por onde passam as ovelhas (v. 7), é a porta que dá acesso à salvação (v. 9); veio para que as ovelhas tenham vida e para que a tenham em abundância (v. 10); é o bom pastor (v. 11 [duas vezes] e vv. 13-15); dá a vida por suas ovelhas (v. 11 e vv. 14-15); conhece o Pai com mútua reciprocidade (vv. 14-15); conhece suas ovelhas como o ele e o Pai se conhecem (vv. 14-15); tem outras ovelhas que devem ser trazidas ao redil para que, obedecendo, formem um só rebanho, com um só pastor (v. 16); entrega sua vida e torna a recebê-la (v. 17); ninguém lhe tira a vida; ele a dá por vontade própria (v.18); é livre para dar sua vida e para voltar a recebê-la (v. 18).
6. “ASSALARIADO” (“aquele que recebe um salário por cuidar das ovelhas”): quando vê aproximar-se o lobo, deixa as ovelhas e foge, porque não é o pastor e porque as ovelhas não são suas (v. 12); foge porque se importa somente com o pagamento, e não com as ovelhas (v. 13).
7. LOBO: ataca as ovelhas e as dispersa em todas as direções (v. 12).
8. PAI: conhece Jesus com mútua reciprocidade (vv. 14-15); ama a Jesus porque entrega sua vida (v.17); ordena que Jesus entregue sua vida e que volte a recebê-la (v. 18).
9. OUTRAS OVELHAS: não são do mesmo redil, obedecerão a Jesus para formar um só rebanho, com um só pastor (v. 16).
Para levar em conta: nos versículos de 14 a 16, aparece o verbo conhecer ou reconhecer. No original grego, significa não somente a atividade intelectual de captar algo com a inteligência, mas acrescenta-se o matiz vivencial de “fazer experiência de”, ou seja, conhecer com a mente, com o coração e com toda a sensibilidade que Deus nos deu. Conhecer implica lograr um “encontro profundo e total” com “o conhecido”. É o conhecimento que leva à união “do eu com o tu”. Neste texto, de modo inacreditável, Jesus compara o conhecimento que ele tem das ovelhas com o conhecimento recíproco entre o Pai e o Filho.
Outros textos bíblicos a serem comparados: Mt 18,12-14; Lc 15,3-7; Sl 23(22); Ez 34
Para continuar o aprofundamento destes temas, pode-se consultar no índice temático da Bíblia de Estudo NTLH, o verbete: “Pastor”.


domingo, 22 de abril de 2012

Lectio Divina, Domingo, 22 de abril de 2012, 3º Domingo de Páscoa – Ano B


TEXTO BÍBLICO: Lucas 24,35-48

35Então os dois contaram o que havia acontecido na estrada e como tinham reconhecido o Senhor quando ele havia partido o pão.
Jesus aparece aos discípulos
36Enquanto estavam contando isso, Jesus apareceu de repente no meio deles e disse:
— Que a paz esteja com vocês!
37Eles ficaram assustados e com muito medo e pensaram que estavam vendo um fantasma. 38Mas ele disse:
— Por que vocês estão assustados? Por que há tantas dúvidas na cabeça de vocês? 39Olhem para as minhas mãos e para os meus pés e vejam que sou eu mesmo. Toquem em mim e vocês vão crer, pois um fantasma não tem carne nem ossos, como vocês estão vendo que eu tenho.
40Jesus disse isso e mostrou as suas mãos e os seus pés. 41Eles ainda não acreditavam, pois estavam muito alegres e admirados. Então ele perguntou:
— Vocês têm aqui alguma coisa para comer?
42Eles lhe deram um pedaço de peixe assado, 43que ele pegou e comeu diante deles. 44Depois disse:
— Enquanto ainda estava com vocês, eu disse que tinha de acontecer tudo o que estava escrito a meu respeito na Lei de Moisés, nos livros dos Profetas e nos Salmos.
45Então Jesus abriu a mente deles para que eles entendessem as Escrituras Sagradas 46e disse:
— O que está escrito é que o Messias tinha de sofrer e no terceiro dia ressuscitar. 47E que, em nome dele, a mensagem sobre o arrependimento e o perdão dos pecados seria anunciada a todas as nações, começando em Jerusalém. 48Vocês são testemunhas dessas coisas.
Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH)

1. LEITURA

Que diz o texto?
Pistas para leitura

Queridos irmãos:

Continuamos a percorrer este Tempo Pascal que o Senhor nos oferece, redescobrindo a cada Domingo o que a Palavra de Deus nos convida a meditar e a orar através da Lectio Divina.
Nesta oportunidade, estamos diante de um texto tirado do final do Evangelho segundo são Lucas.
O primeiro versículo é introdutório e pretende conectar o episódio anterior com o subsequente. A este tipo de versículos costuma-se chamar “de transição”, ou também “sumário”, porque em poucas palavras se descreve toda uma ação. De fato, em poucas palavras se sintetiza todo o episódio dos discípulos de Emaús que se relata em Lc 24.13-34.
É-nos contada outra vez a aparição de Jesus ressuscitado a seus discípulos. Saúda-os com o dom messiânico da paz: “Paz seja convosco!” Como comentávamos no Domingo passado, não se trata de uma simples saudação exterior, mas implica realmente a atualização da paz na vida de todos e de cada um dos destinatários da saudação. Na perspectiva judia, a paz não é apenas ausência de conflito ou de guerra; inclui também a alegria, o bem-estar, a serenidade, a harmonia, a união, a reconciliação… Em suma, todos os bens do Reino de Deus. A paz de Deus é o fruto precioso da Páscoa. O Mistério Pascal, a morte e a ressurreição do Senhor trazem paz ao coração do discípulo que se abre a Deus.
Uma vez mais somos lembrados da continuidade entre o Jesus da história e o Cristo ressuscitado. Não são pessoas distintas. É o mesmo Jesus agora glorificado: Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; tocai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho”. Aos discípulos, custa-lhes uma vez mais acreditar no que estão vendo.
Na última parte do relato, Jesus insistirá no que dizia a seus discípulos antes da Paixão: “Convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos”. Isto ratifica claramente que ele é o Messias anunciado e esperado em todo o Antigo Testamento. Em Jesus, “cumprem-se” as Escrituras. Para corroborar o ensinamento, indica, além disso, que tipo de messianismo se encarna em Jesus… é um “messianismo sofredor”, porque “convinha que o Cristo padecesse e, ao terceiro dia, ressuscitasse dos mortos”. O “morrer” faz parte do ser messiânico de Jesus. Assim salva, assim liberta, entregando-se à morte, e morte de cruz, como nos dirá são Paulo. Este “messianismo sofredor” não trará a salvação somente para o Povo da Antiga Aliança. Não é fechado. É um messianismo aberto a todas as nações e a todos os povos, para que todos voltem para Deus e Deus lhes perdoe os pecados. O último convite que o Senhor lhes faz consiste em “contar” tudo o que viram em Jerusalém.
Para levar em conta: pode ser estranho que Jesus lhes peça algo para comer, e que, de fato, coma o peixe assado diante dos discípulos. Com isto, procura-se deixar claro que o Senhor ressuscitou realmente em corpo e alma, completamente, que, deveras, como diz o próprio texto, não é um fantasma, mas tem carne e ossos.
Outros textos bíblicos a serem comparados: Lc 24,13-34 (antessala do relato que meditamos hoje); Jo 20,19-23 (texto do Domingo anterior); Jo 21,9-10; Jo 14,27.
Para continuar o aprofundamento destes temas, pode-se consultar no índice temático da Bíblia de Estudo NTLH, o verbete: “Paz”.
Perguntas para a leitura
  • O que se narra de maneira sintética no primeiro versículo do relato de hoje?
  • Que são os que estão reunidos?
  • O que faz Jesus quando aparece no meio deles? O que lhes diz?
  • Qual é a reação dos discípulos? O que julgam estar vendo?
  • O que Jesus lhes diz?
  • A que os convida?
  • O que lhes mostra?
  • Que sentem os discípulos?
  • Por que Jesus se alimenta diante deles?
  • O que Jesus lhes recorda?
  • O que lhes explica?
  • Segundo a Bíblia, o que o Messias tinha de experimentar?
  • Onde devem contar tudo o que viram?

2 – MEDITAÇÃO


O que me diz? O que nos diz?
Perguntas para a meditação
  • Dado que o texto é semelhante ao do Domingo passado, algumas perguntas podem ser muito parecidas. Vale a pena igualmente continuar aprofundando estes aspectos da Páscoa de Cristo em nossa vida.
  • Experimento a alegria dos discípulos de Emaús e conto a meus irmãos como o Senhor se manifesta em minha vida, de maneira particular na “Fração do Pão”, na Celebração do Memorial, na Eucaristia?
  • Aceito, de coração, o dom messiânico da Paz?
  • Em meio aos conflitos e dificuldades, deixo que o Senhor da Páscoa me conceda sua Paz?
  • Continuo assustado, com temor e medo, apesar de o Senhor ter ressuscitado para salvar-me e dar-me sua Paz?
  • Custa-me crer na ressurreição do Senhor?
  • Em minha espiritualidade, tenho em mente que o Jesus pré-pascal é o mesmo que morre e ressuscita? Tendo a ficar com um único aspecto, ou busco unificar em minha experiência religiosa estas duas fases na vida do Único Senhor Jesus Cristo?
  • Deixo que Jesus me explique as Escrituras?
  • Quando leio o Antigo Testamento, tenho em mente que as profecias que ali se anunciam estão, de uma forma ou de outra, orientadas para o mistério de Cristo?
  • Aceito que o Messias Ressuscitado e Glorioso devia passar pela morte?
  • Qual será hoje “minha Jerusalém” onde devo contar tudo o que “vi” neste tempo de Páscoa?
3 – ORAÇÃO

O que lhe digo? O que lhe dizemos?
Para ajudar no estágio da resposta da oração, proponho-lhes concentrar-nos no tema da paz. Recordando de maneira particular o que nos diz o autor da Carta aos Efésios em 2,14: “Cristo é nossa paz”.
Como é importante poder redescobrir, em um mundo tão atormentado pelos pequenos e/ou grandes conflitos, que Cristo é nossa paz definitiva! Ele, e somente ele, é o único que pode dar-nos a paz, porque ele é a própria paz.
Que esta reflexão oriente nossa resposta na oração…
4 – CONTEMPLAÇÃO

Como interiorizo a mensagem? Como interiorizamos a mensagem?
Para interiorizar alguns dos aspectos do Evangelho deste Domingo, proponho-lhes ter em mente as perguntas que Jesus faz a seus discípulos no versículo 38:
    • Por que estais perturbados?
    • Por que lhes custa tanto crer?
Sabendo que o Senhor é a Paz e nos dá sua Paz, animar-nos e perguntar-nos, com sinceridade, o mesmo que Jesus pergunta a seus discípulos.
5 – AÇÃO

A que me comprometo? A que nos comprometemos?

Iluminação para as propostas pessoais e comunitárias

Neste encontro, unificamos as propostas pessoais e comunitárias, concentrando-nos em uma série de frases e reflexões sobre a paz. Este é um dos temas centrais do evangelho que meditamos. A ideia é ler pessoalmente e em grupo as diversas frases, a fim de suscitar o diálogo e a reflexão. Não se trata de estar de acordo com todas elas. São “disparadores pedagógicos” para confrontar, terminar de refletir sobre o Evangelho e assumir os compromissos concretos do passo da “ação”.
Não há caminho para a paz; a paz é o caminho.
Mahatma Gandhi (1869-1948)
Político e pensador indiano.
Quando me perguntaram sobre alguma arma capaz de rebater o poder da bomba atômica, sugeri a melhor de todas: a paz.
Albert Einstein (1879-1955)
Cientista alemão, naturalizado americano.
A paz começa com um sorriso.
Beata Madre Teresa de Calcutá (1910-1997)
Missionária iugoslava, nacionalizada indiana.
Não basta falar de paz. É preciso crer nela e trabalhar para consegui-la.
Eleonora Roosevelt (1884-1962)
Defensora dos direitos sociais, diplomática e escritora americana.
Que ninguém se faça ilusões de que a simples ausência de guerra, mesmo sendo tão desejada, seja sinônimo de uma paz verdadeira. Não há verdadeira paz se não vem acompanhada de equidade, verdade, justiça e solidariedade.
João Paulo II (1920-2005)
Para da Igreja Católica.
Se não estamos em paz com nós mesmos, não podemos guiar outros na busca da paz.
Confúcio (551 AC-478 AC)
Filósofo chinês.
A manutenção da paz começa com a autossatisfação de cada indivíduo.
Dalai Lama (nac. 1935)
Atual líder religioso do Budismo Tibetano (Tenzin Gyatso)
Se quisermos um mundo de paz e de justiça, é preciso colocar decididamente a inteligência a serviço do amor.
Antoine de Saint-Exupéry (1900-1944)
Escritor francês.
Por isso, América: se quiseres a paz, trabalha pela justiça. Se queres a justiça, defende a vida. Se queres a vida, abraça a verdade, a verdade revelada por Deus.
João Paulo II (1920-2005)
Papa da Igreja Católica.
A paz é para o mundo o que o fermento é para a massa.
Talmud (século V)
Escritos legais do Judaísmo.
Se quisermos gozar a paz, devemos vigiar bem as armas; se depusermos as armas, não teremos paz jamais.
Marco Túlio Cícero (106 AC–43 AC)
Escritor, orador e político romano.
Não há paz sem justiça, não há justiça sem perdão.
João Paulo II (1920-2005)
Papa da Igreja Católica.
A paz exige quatro condições essenciais: verdade, justiça, amor e liberdade.
João Paulo II (1920-2005)
Papa da Igreja Católica.
A paz mais desvantajosa é melhor do que a guerra mais justa.
Erasmo de Rotterdam (1469-1536).
Humanista holandês.
Em assuntos internacionais, a paz é um período de armadilhas entre duas lutas.
Ambrose Bierce (1842-1914)
Escritor americano.
Jamais leves tuas melhores calças quando saíres para lutar pela paz e pela liberdade.
Henrik Johan Ibsen (1828-1906)
Dramaturgo norueguês.
Os crentes de todas as religiões, juntamente com os homens de boa vontade, abandonando toda forma de intolerância e de discriminação, são chamados a construir a paz.
João Paulo II (1920-2005)
Papa da Igreja Católica.
Não haverá paz na terra enquanto perdurarem as opressões dos povos, as injustiças e os desequilíbrios econômicos que ainda existem.
João Paulo II (1920-2005)
Papa da Igreja Católica.
Todos querem a paz, e para assegurá-la, mais do que nunca fabricam armas.
Antonio Mingote (1919-?)
Desenhista e humorista espanhol.
Há algo tão necessário quanto o pão de cada dia, e é a paz de cada dia; a paz sem a qual o próprio pão é amargo.
Amado Nervo (1870-1919)
Poeta, novelista e ensaísta mexicano.
A paz obtida na ponta da espada não passa de uma trégua.
Pierre Joseph Proudhon (1809-1865)
Filósofo francês.
A primeira condição para a paz é a vontade de alcançá-la.
Juan Luis Vives (1492-1540)
Humanista e filósofo espanhol.
Se quiseres a paz, não fales com teus amigos. Fala com teus inimigos.
Moshe Dayan (1915-1981)
Militar e político israelita.

Existe uma tentação extremamente sutil e perigosa de confundir a paz com a simples ausência de guerra, como estar tentados a confundir a saúde com a ausência de doença, ou a liberdade com o não estar preso. A terminologia é, às vezes, enganosa. Por exemplo, a expressão “coexistência pacífica” significa ausência de guerra, mas não verdadeira paz.
Dominique Pire (1910-1969).
Sacerdote e sociólogo belga.
Mais vale uma paz relativa do que uma guerra ganha.
Maria Teresa I da Áustria (1717-1780)
Imperatriz do Sacro Império Romano Germânico.
Enquanto aqueles que ocupam cargos de responsabilidade não aceitarem questionar-se corajosamente acerca de seu modo de administrar o poder e de procurar o bem-estar de seus povos, será difícil imaginar que se possa progredir verdadeiramente rumo à paz.
João Paulo II (1920-2005)
Papa da Igreja Católica.
A paz na terra, anseio profundo de todos os homens de todos os tempos, não se pode estabelecer nem consolidar senão no pleno respeito da ordem instituída por Deus.
João XXIII (1881-1963)
Papa da Igreja Católica.
Ou caminhamos todos juntos rumo à paz, ou jamais a encontraremos.
Benjamin Franklin (1706-1790)
Estadista e cientista americano.
Na verdade, a paz pode ser comprada por um preço demasiado alto.
Benjamin Franklin (1706-1790)
Estadista e cientista americano.

Saudações ao Padre Eraldo e Padre Antônio


“Não fostes vós que Me escolhestes: fui Eu que vos escolhi e vos destinei, para que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça. E assim, tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vo-lo concederá”. (Jo 15, 15-16).



         É com muita alegria que rendemos graças ao Senhor pelo aniversario de ordenação sacedortal do  Pe. Eraldo Bispo da Silva - Ordenação Sacerdotal (24/04/1993) e do Pe. Antônio de Jesus dos Santos - Ordenação Sacerdotal (27/04/2008).
          A esses dois sacerdotes, muita Fé-Esperança-Caridade no ministério. Que o Bom Pastor os abençoe e os conservem santos.

           Parabéns ao Padre Eraldo (vigário geral) e ao padre Antônio (pároco da Santa Luzia). Deus os abençoe. Que Maria continue a cada dia intercedendo por eles.

Uma pequena descrição de ser padre: Sacerdote Para Sempre 

Homem de Deus
Escolhido entre as nações
Profeta do Senhor
Vai falar aos corações
Solta tua voz
O povo quer ouvir
A Palavra que habita em ti

Tu és sacerdote para sempre
Tu és sacerdote do Senhor (2x)
Homem do altar
Outro Cristo em oblação
És o Sacerdote
Que consagra o vinho e o pão
Reza com teu povo
Santo e pecador
Eis aqui o Mistério do Amor

Homem do povo
Bem unido em comunhão
És o bom pastor
Que conduz nossa missão
Deus te escolheu
Ele te enviou
O Espírito te ungiu, te consagrou!
 (Pe. Joãozinho, scj)

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Saudação ao Santo Padre


A Igreja no mundo inteiro tem três intenções de oração especiais nos próximos dias. Nesta segunda-feira, 16/04, Bento XVI celebra 85 anos de vida. No dia 19/04, quinta-feira, é o sétimo aniversário de sua eleição para sucessor do Apóstolo Pedro, e o início do pontificado em 24/04, terça-feira.

Em seu editorial semanal, o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, da Rádio Vaticano e do Centro Televisivo Vaticano, Padre Federico Lombardi, recordou a expectativa que existia na Igreja há sete anos, quando o cardeal Ratzinger foi eleito papa: “um teólogo que por tanto tempo dirigiu um dicastério tão doutrinal saberia assumir uma tarefa tão diferente: o governo pastoral da Igreja universal”.

“Nestes sete anos, vimos 23 viagens internacionais a 23 países, e 26 viagens na Itália; assistimos 4 Sínodos dos Bispos e 3 Jornadas Mundiais da Juventude; lemos três Encíclicas, inúmeros discursos e atos magisteriais; participamos de um Ano Paulino e de um Ano Sacerdotal. Por fim, vimos o Papa enfrentar com coragem, humildade e determinação – ou seja, com límpido espírito evangélico – situações difíceis como a crise consequente aos abusos sexuais”, avalia Lombardi.

Ele recorda também a produção intelectual do cardeal Ratzinger, com as obras “Jesus de Nazaré” e o livro-entrevista “Luz do mundo”. “Da coerência e da constância de seus ensinamentos, aprendemos sobretudo que a prioridade de seu serviço à Igreja e à humanidade é orientar nossas vidas a Deus”, afirma padre Lombardi, que recorda os próximos eventos importantes da agenda do papa: o Encontro Mundial das Famílias, a visita ao Oriente Médio, o próximo Sínodo da Nova Evangelização e o Ano da Fé.

O porta-voz da Santa Sé também destacou o tom do discurso do papa em seu pontificado, contrário ao relativismo e à indiferença religiosa. “A fé e a razão se ajudam mutuamente na busca da verdade e respondem às expectativas e dúvidas de cada um de nós e de toda a humanidade; que a indiferença a Deus e o relativismo são riscos gravíssimos de nossos tempos. Somos imensamente gratos por tudo isso”.

Na oração do Regina Caeli deste Segundo Domingo da Páscoa, Bento XVI pediu aos fiéis que rezem por ele, para que o Senhor lhe dê as forças necessárias para cumprir a missão. O irmão do papa, Monsenhor George Ratzinger, que vive na Alemanha, está no Vaticano para acompanhar as celebrações destes dias.

sábado, 7 de abril de 2012

Cristo Ressuscitou!!! Feliz Páscoa irmãos

O Túmulo está vazio!!!

Proclamação da Páscoa!!!
Exulte de alegria a multidão dos anjos,
Exultem de Deus os ministros;
soe a triunfal trombeta,
Esta vitória de um tão grande Rei!

Alegra-te também, ó terra nossa
Que em tantas luzes agora resplandeces,
Vê como foge do universo a treva,
Enquanto fulge a luz do eterno Rei!

Alegra-te também, ó Mãe Igreja,
Ornada inteira de esplendor divino,
Escuta como vibra neste templo
A aclamação do povo!


O Túmulo está vazio, por quê o Senhor RESSUSCITOU.

                  A Igreja comemora a grande vitória de Jesus que ressuscitou. Vencendo a morte e o pecado, ressurgiu para nos garantir que a vida tem a última palavra. Por isso irmãos, alegremo-nos! O Senhor ressuscitou! Com esses sentimentos, o SAV da Diocese de Barreiras, deseja a cada um de vocês, uma FELIZ E SANTA PÁSCOA.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

DO ESPETÁCULO À SINGELEZA: UM OLHAR SOBRE A SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO


O tempo da quaresma tem como finalidade nos preparar para vivermos bem o mistério pascal de Cristo, sua paixão, morte e ressurreição. Mistério que celebramos de modo evidente no tríduo pascal, ápice do ano litúrgico, quando Jesus vence a morte, “ressuscitando ao terceiro dia”[1], salvando toda a humanidade de seus pecados.
Quero me deter agora à Sexta-feira da Paixão. A liturgia nos ensina que esse dia deve ser de jejum, oração, recolhimento e silêncio, é o único dia do ano em que não se celebra a Eucaristia, em sinal de luto pela morte e sepultamento de Jesus. A Ação Litúrgica da Paixão, com todos os seus gestos e símbolos: altar despojado, sem toalhas, sem cruz, sem velas, sem adornos, recorda-nos a morte de Jesus. Os ministros se prostram no chão, frente ao altar, no começo da celebração. Gesto que demonstra a imagem da humanidade rebaixada e oprimida e, ao mesmo tempo, penitente, que implora perdão por seus pecados. As vestes são vermelhas, a cor dos mártires: de Jesus, o primeiro testemunho do amor do Pai e de todos aqueles que, como Ele, deram e continuam dando sua vida para proclamar a libertação que Deus nos oferece. A adoração da Cruz nos lembra a obra da cruz, o Cristo que reuniu na unidade os filhos e filhas de Deus dispersos pelo mundo inteiro e constituiu o novo povo eleito[2].
Por longa data, esse dia foi sendo vivenciado e enriquecido pelos gestos e ações da piedade popular, de forma especial aqui no Brasil: a via sacra rezada pelo povo simples e humilde, o canto do perdão diante do Senhor morto, a meditação das sete dores de Nossa Senhora, a procissão do encontro e do Senhor morto[3]. Essas práticas devocionais acabaram se tornando um grande patrimônio da fé do povo e, unidas à liturgia oficial do dia, propiciam às pessoas o encontro com Deus, consigo mesmas e com os outros.
Atualmente, venho percebendo que a vivência litúrgica da Sexta-feira da Paixão está perdendo seu sentido basilar, sendo substituída pelos grandes espetáculos que têm como enredo a vida, morte e ressurreição de Jesus. O dicionário define espetáculo como uma “representação pública que impressiona e é destinada a entreter”, e também como aquilo que “atrai a vista ou prende a atenção”[4].  Com isso, a sexta-feira da paixão torna-se mais um entretenimento, cuja apresentação principal é a vida de Jesus nos grandes palcos, com atores famosos, luzes e cores; perdendo seu milenar caráter de dia de silêncio e oração, quando somos convidados a olhar para o mistério da Cruz de Cristo da qual pendeu a nossa salvação e a olhar também para dentro de nós mesmos e perceber o que ainda precisa ser modificado, transformado, convertido. É preciso resgatar o verdadeiro sentido litúrgico a ser vivido pelo nosso povo nesse dia tão especial. Ressalto que devemos viver bem esse dia, mas não nos “estacionarmos” nele, porque o melhor está por vir: a ressurreição de Cristo, celebrada na Vigília Pascal.
Quando olhamos para o mistério da encarnação de Jesus, percebemos que esse grande evento para a história da humanidade não aconteceu em forma de espetáculo, mas na singeleza, no seio de uma família simples de Nazaré; o Emmanuel nasce em uma manjedoura[5], em meios aos animais, como celebramos no tempo do Natal. O Senhor sempre se revela nas coisas simples e cotidianas. O extraordinário acontece de forma bela no ordinário. Por isso precisamos trilhar um caminho de conversão na Sexta-feira Santa, dia tão importante para nossa fé: passar do espetáculo à singeleza, do entretenimento, que muitas vezes nos tira da realidade, para um olhar profundo dentro de nós mesmos, que nos possibilite uma verdadeira conversão, para que, desse modo, possamos viver melhor.
O segredo de vida dos grandes santos como Terezinha de Jesus, Francisco de Assis, Teresa de Calcutá... é fantástico! Eles encontravam no ordinário, o extraordinário; o grande espetáculo era viver bem as pequenas coisas que lhes eram confiadas no dia a dia. Aí reside o grande segredo da santidade: a vivência singela do amor. E não há dia mais propício para vivermos isso do que a Sexta-feira Santa.
Diante do sofrimento, da cruz, da morte do Senhor, encontro o verdadeiro sentido para o meu sofrimento, a minha cruz, a minha morte, pois isso só tem sentido em minha vida se é configurado na vida de Cristo[6]. Isso edifica a pessoa humana em todas as suas dimensões, possibilita-lhe encontrar o verdadeiro sentido para a sua existência. O caminho é esse, do silêncio, da oração, de olhar para dentro de si e não de se entreter, fugindo, muitas vezes, daquelas realidades interiores que carecem ser revistas e convertidas. Toda essa transformação não acontece de forma “espetacular”, mas de forma simples, singela como o silêncio de Jesus na Cruz.
 Por: Maximiliano Costa / Seminarista da Arquidiocese de Goiânia


[1] - cf. 1 Cor 15,4.
[2] - Missal Romano, n. 15 a 17.
[3] - Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Diretório sobre a Piedade Popular e Litúrgica – Princípios e orientações.
[4] - Dicionário Aurélio de Língua Portuguesa.
[5] - cf. Lc 2,4-16.
[6] - cf. João Paulo II, Carta Apostólica Salvifici Doloris, 1984.