quinta-feira, 24 de maio de 2012

Lectio Divina, Domingo, 27 de maio de 2012, Domingo de Pentecostes - ANO B

TEXTO BÍBLICO: Atos 2,1-12
A vinda do Espírito Santo
1Quando chegou o dia de Pentecostes, todos os seguidores de Jesus estavam reunidos no mesmo lugar. 2De repente, veio do céu um barulho que parecia o de um vento soprando muito forte e esse barulho encheu toda a casa onde estavam sentados. 3Então todos viram umas coisas parecidas com chamas, que se espalharam como línguas de fogo; e cada pessoa foi tocada por uma dessas línguas. 4Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, de acordo com o poder que o Espírito dava a cada pessoa.
5Estavam morando ali em Jerusalém judeus religiosos vindos de todas as nações do mundo. 6Quando ouviram aquele barulho, uma multidão deles se ajuntou, e todos ficaram muito admirados porque cada um podia entender na sua própria língua o que os seguidores de Jesus estavam dizendo. 7A multidão ficou admirada e espantada e comentava:
— Estas pessoas que estão falando assim são da Galileia! 8Como é que cada um de nós as ouvimos falar na nossa própria língua? 9Nós somos da Pártia, da Média, do Elão, da Mesopotâmia, da Judeia, da Capadócia, do Ponto, da província da Ásia, 10da Frígia, da Panfília, do Egito e das regiões da Líbia que ficam perto de Cirene. Alguns de nós são de Roma. 11Uns são judeus, e outros, convertidos ao Judaísmo. Alguns são de Creta, e outros, da Arábia. E como é que todos estamos ouvindo essa gente falar em nossa própria língua a respeito das grandes coisas que Deus tem feito?
12Todos estavam admirados, sem saberem o que pensar, e perguntavam uns aos outros:
— O que será que isso quer dizer.
Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH)
1. LEITURA
Que diz o texto?
Pistas para leitura
Queridos irmãos:
Neste Domingo, a Liturgia da Igreja celebra a Solenidade de Pentecostes, com a qual se encerra o Tempo Pascal. O envio do Espírito Santo sobre os seguidores de Jesus sela este tempo rico, e abre espaço para a ação do Espírito na comunidade, na Igreja.
Neste fim de semana, também nos concentraremos na primeira leitura da Liturgia, e não no Evangelho. O texto bíblico, tal como na semana passada, é tirado do Livro dos Atos dos Apóstolos.
Podemos distinguir duas partes em At 2,1-12:
  • Versículos 1-4: a vinda do Espírito Santo sobre os seguidores de Jesus.
  • Versículos 5-12: a reação dos presentes ante a vinda do Espírito Santo sobre os seguidores de Jesus.
Na primeira parte, descreve-se como o Espírito Santo desce sobre os discípulos. Estão na festa judia de Pentecostes, e ali recebem o Espírito. A forma visível de manifestação deste Espírito é variada. Por um lado, o ruído forte que vem do céu, como tormenta que ressoa em todo o ambiente; literalmente, fala-se de um “vento forte” ou de um “vento em forma de rajadas fortes”. Por outro lado, estão chamas de fogo que se detêm sobre cada um deles.
Na segunda parte do relato, descreve-se a reação dos que estão presentes na festa, o que, afinal, manifesta outra das ações do Espírito nos seguidores de Jesus. Falam línguas distintas. Apesar de serem todos da região da Galileia, os peregrinos judeu vindos à festa escutam-nos falar das maravilhas de Deus no idioma de cada um. Nomeiam-se quinze lugares diferentes, fazendo-se observar que alguns são judeus de nascimento e outros se “converteram” depois. O Espírito permite que os discípulos comuniquem e deem a conhecer as maravilhas de Deus a todos os homens através da “língua” de cada um, para que cada um possa compreender com clareza a mensagem de Deus.
Para levar em conta: a festa de Pentecostes, também chamada das Semanas, é pré-cristã. É uma das grandes festas judias. Em um primeiro momento, nela se celebra a ação de graças pelas primícias das colheitas; na época de Jesus, além disso, dava-se graças pelo dom da Lei e da Aliança do Sinai. A festa é celebrada somente no Templo de Jerusalém, com duração aparente de apenas um dia. No entanto, dela participava muita gente, inclusive vinda de muito longe. Celebra-se cinquenta dias depois da Páscoa.
Outros textos bíblicos a serem comparados: Jo 20,21-23; Jo 14,15-17; Jo 14,25-26; Jo 15,26-27; Jo 16,7-15

Pentecostes - Chama da vocação




Tendo-se completado o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído como o agitar-se de um vendaval impetuoso, que encheu toda a casa onde se encontravam. Apareceram-lhe, então, línguas como de fogo, que se repartiam e que pousaram sobre cada um deles. E todos ficaram repletos do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia se exprimirem (Atos 1,1-4).

O Pentecostes, celebrado cinqüenta dias após a Páscoa, era uma das três grandes festas anuais de Israel. Neste dia, o Senhor derramou o Espírito Santo para preparar os Apóstolos.

É preciso continuar pedindo: "VINDE ESPÍRITO SANTO", para cada dia viver um novo Pentecostes.


Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo de Uberaba

Festa da comunicação, da presença do Comunicador de Deus, presente no Espírito Santo. Com Ele, a Palavra de Deus tem dimensão globalizada. Palavra que atinge o mundo com força transformadora, provocando mudanças de atitudes. É como o caminho virtual da nova comunicação, passando pelas fibras óticas, chegando instantaneamente nos quatro cantos do mundo.
Pentecostes tem dimensão de solidariedade, cultura de paz, aglutinador, reunindo nele todos os povos para vivenciar a Páscoa do Filho de Deus. Aí está a fonte da salvação e da vida plena para todos. É a plenitude da comunicação do divino com o humano, possibilitando vida mais digna, fraterna e feliz.
Em Pentecostes se celebra a vinda do Espírito Santo, fato este narrado pela bíblia, quase como uma releitura do acontecido no Monte Sinai, quando Moisés recebe de Deus as Tábuas da Lei. Agora é um novo Sinai que acontece, é Deus vindo comunicar-se com seu povo para confirmá-lo na missão.
Falamos aqui sobre o início da ação da Igreja como evangelizadora e instrumento de vida para os que creem. Para isto ela usa a linguagem da comunicação apresentando as propostas do Reino de Deus. A presença do Espírito Santo é a força inspiradora dessa linguagem que atinge os corações.
A paz, o shalom em hebraico, tem o sentido de completar o valor justo, o vazio deixado pelo objeto tirado. Assim entendemos que ela, trazida pelo Espírito Santo, é a eterna harmonia com Deus, com as pessoas e com o universo. Isto deve ser o sonho de todas as pessoas que têm a marca da esperança de um mundo melhor.
Deus, em nossa vida, é a presença da paz e da esperança. Toda comunidade pascal é portadora de paz, sinal da ação do Espírito que faz passar da morte para a vida todo o universo. É uma mensagem que deve combater as forças do mal que fragilizam a dignidade humana. Para isto, o Espírito Santo vem ser a marca unificadora da diversidade na unidade, abrindo portas de vida nova para o mundo.

Maria, Mãe das Vocações



Maria é modelo de animação vocacional. Com ela aprendemos a realizar um serviço em prol das vocações e ministérios na escuta da Palavra e abertos à ação do Espírito Santo. Sua gestação não se reduz a dimensão física, mas é uma gravidez espiritual que assinala os novos filhos que geramos no seio da comunidade eclesial quando promovemos as vocações e ministérios suscitadas pelo Espírito.

A animação vocacional tem uma forte dimensão mariana que não se resume em apresentar a jovem Virgem de Nazaré como modelo de vocação, mas sobretudo porque ela nos inspira na realização desta missão.

Maria é o melhor referencial para o serviço vocacional que desenvolvemos nas comunidades. O serviço de animação vocacional é uma extensão da maternidade espiritual da Igreja. Quando atraímos, acolhemos, despertamos e acompanhamos os vocacionados, reafirmamos, que o batismo é fonte das vocações e enriquecemos a comunidade eclesial. A jovem vocacionada de Nazaré, é símbolo da humanidade chamada a comunhão com Deus, mediante a abertura ao Espírito que produz vida e ilumina o caminho dos vocacionados.

Maria, é imagem do serviço de animação vocacional que nos convoca a busca da santidade a qual se concretiza na plena adesão a proposta de Jesus Cristo. Ela nos precede na confiança ao Senhor e na entrega total da vida. Recordamos, que a primeira missão da animação vocacional não é a promoção das vocações específicas, mas dar testemunho de santidade a qual todos somos chamados. A animação vocacional ajuda os vocacionados e os animadores vocacionais a reconhecerem a ação silenciosa do Pai, que mediante o Espírito Santo nos chama a uma vida de comunhão com Ele.

Com Maria, também aprendemos que o chamado vocacional implica uma missão. Ela, mesmo grávida, fez sua primeira viagem missionária levando o Cristo até a casa de Zacarias e Isabel e nos ensinou que vocação é serviço e missão solidária.

Maria, assinala para uma animação vocacional atenta as necessidades das pessoas, servidora e missionária. Um serviço evangelizador e vocacional aberto a outras realidades sem descuidar de promover todas as vocações e ministérios.O perfil de vocacionada, que descobrimos nos evangelhos é de uma mulher socialmente pobre, que deu à luz a seu filho numa manjedoura. Esta é a mesma situação social de muitos vocacionados latino-americanos. Porém, percebemos que Maria era uma vocacionada com muita fé e sensibilidade social.

No Magnifica, vemos aflorar sua consciência crítica. Ela não canta apenas as maravilhas do Senhor, mas a reviravolta que Deus fez na história de Israel. Neste sentido, Maria aponta para uma animação vocacional com acentuada sensibilidade social e comprometida com os empobrecidos. Um serviço vocacional crítico, atento as necessidades da comunidade e da Igreja. Com Maria aprendemos a cantar a fé, a reconhecer as reviravoltas da história e a vibrar com as maravilhas de Deus a favor de seu povo. Na prática, isso significa que os animadores vocacionais não são pessoas que se preocupam apenas com a promoção das vocações e ministérios. Somos chamados a denunciar as injustiças e a promover a vida que também é vocação.Na primeira cena mariana do quarto evangelho, vemos a Mãe de Jesus participando da festa das bodas de Caná com o seu Filho e os discípulos. Esta passagem, aponta para uma animação vocacional “festeira”, que participa da vida da comunidade onde está inserida e atenta as necessidades dos vocacionados. Um serviço vocacional de olhos abertos à realidade dos vocacionados que tem sede do vinho novo oferecido por Jesus. Este “vinho bom” simboliza a espiritualidade entusiasta e corajosa dos animadores vocacionais que atraem, com seu testemunho de vida evangélica, novos vocacionados para a festa da vida.

A reflexão dos textos marianos do Novo Testamento, nos ajuda a compor o “retrato vocacional” de Maria com seu rosto de “mulher” que gerou o Filho de Deus. Está “mulher” nos convida a realizar um serviço simples, profundo e eficaz na geração de novos vocacionados, discípulos e missionários do Senhor. Dela, recebemos Jesus que nos conduz ao Pai. Maria é Mãe do Senhor e nossa Mãe pela qual nos chega a graça da vocação e a obra misericordiosa da salvação. Ela é toda de Deus, mas é também de cada vocacionado. Maria trás Deus aos vocacionados e nos eleva até o autor da vocação.

Fonte: cometabrilhante.spaceblog.com.br

MARIA, MODELO DE ESPIRITUALIDADE TRINITÁRIA



Por Mário Correia[1]



“Ao Pai, no Filho, pelo Espírito

unido à Maria”.

Profunda relação com Deus, misterioso vínculo entre o divino e o humano, assim podemos definir espiritualidade. No caso de Maria, sua profunda relação com Deus faz brilhar o esplendor da divindade e a nobreza da humanidade[2]. Ela, mulher simples de Nazaré, de típicos traços femininos, é convidada, como todos nós, a estabelecer uma profunda, significativa e misteriosa relação com o Deus trinitário. Por ter vivido seu processo humano de compreensão e crescimento na fé e pelo o que Deus realiza nela a partir de sua livre disponibilidade, a temos como modelo de espiritualidade trinitária[3]. Na profunda relação de Maria com o Pai, com o Filho e com o Espírito evidencia-se a grandiosidade do encontro entre a impotência humana e a potência divina, a humana experiência afetiva de uma mãe com a efetiva realização da graça trinitária[4]. Maria é, por graça divina, sacramento de Deus no mundo, ícone do mistério trinitário[5], símbolo do mistério que abrange a verdade sobre Deus e sobre o homem na tríplice condição de virgem, mãe e esposa.

Como virgem, Maria se coloca de modo receptivo diante do Pai, como quem recebe, deixa-se amar, como o eterno Amado, o Filho. Ela é a virgem fiel, ícone do Filho, pois traz as marcas do eterno estar do Filho diante do Pai, do estar do Amado diante daquele que é eterno Amante. Maria, virgem, é também ícone do homem. Ela revela ao homem o desígnio do Criador mostrando que o homem foi feito por Ele e para Ele. Como Maria, o homem é chamado a ser ouvinte da Palavra pronunciada pelo Pai e convidado a se colocar diante d’Ele como amado.

Como mãe, sua gratuidade e bondade nos remete à fonte de amor que dá a vida e toma a iniciativa de amar, doar-se, como o eterno Amante, o Pai. Ao gerar o Filho, Maria manifesta a gratuidade irradiante do amor de Mãe, amor fontal, doador, gratuito, tal como o amor do Pai. Ela é ícone do Pai por evidenciar não só a ternura, mas também a fecundidade divina; não só a gratuidade irradiante de Deus Pai, mas também Seu amor visceral de mãe. Maria é ícone da humanidade, de todo ser vivente. Ela é protótipo da nova criação, evidenciadora do novo início do mundo. Nela se reconhece que cada ser humano é originalmente e estruturalmente convidado a amar, com a sublime vocação de se realizar amando.

Como esposa, Maria é a nova arca da aliança que une o céu e a terra, vínculo de comunhão entre o Pai, o Filho e o mundo, como o eterno Amor, o Espírito. O Espírito realiza em Maria o que Ele é no seio trinitário, vínculo de comunhão, sem confusão nem misturas. Por outro lado, Maria é ícone desse mesmo Espírito por ser humilde imagem feminina de vínculo de amor. Por obra do Espírito, ela é santifica e glorificada, concretizando eternamente a realização da esperança humana, tornando-a eterno Amor, como o Espírito Santo o é. Assim, Maria, Virgem, Mãe e Esposa, santificada e glorificada, revela, em sua biografia total, o plano de Deus para a criatura humana. Ela, a mulher nova, é ícone do homem novo, modelo acabado da antropologia teologal, do homem realizado na graça do Pai, segundo a imagem do Filho, mediante a ação do Espírito.

O misterioso vínculo de Maria com a Trindade sugere para nós uma espiritualidade profunda e enriquecedora. É o Espírito que conduz Maria a confiar, abandonar, a acolher a presença Divina em sua tenda e experimentá-la nas múltiplas relações. O resultado de sua relação com o Pai é a sua maternidade tornar-se símbolo do gerar da paternidade de Deus, participando assim, de modo privilegiado, do gerar, do amar do Pai no mundo. Quanto à sua relação com o Filho, podemos destacar sua livre alteridade de acolhê-lo e, posteriormente, em dá-lo ao mundo. Com efeito, tudo o que se realiza nela é obra do Espírito Santo: Maria é obra-prima d’Ele e, por isso, modelo para todo ser humano, graças à sua disponibilidade e gratuidade. Como o Espírito a conduz para o seio trinitário, conduz também a cada um a contemplar Maria, aprender com ela e, como ela, estabelecer uma profunda e misteriosa relação com a Trindade.



BIBLIGRAFIA BASE

FORTE, Bruno. Maria, a mulher ícone do mistério. São Paulo: Edições Paulinas, 1991.


AA.VV. Maria e a Trindade: implicações pastorais, caminho pedagógico, vivência da espiritualidade. São Paulo: Paulus, 2002.



[1] Seminarista graduado em Filosofia e granduando em Teologia pelo Instituto de Filosofia e Teologia Santa Cruz.
[2] cf. Lc 1,28.30.
[3] cf. Lc 1,26-38; Jo 2, 3.5; 19, 26.27..
[4] cf. Lc 1,37.
[5] cf Mt 1,16.20.23; Mc 6,3; Lc 1,35.48; 2, 51; 11,27; Jo 19,26.27; At 1,14; Ap 12,1.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Lectio Divina, Domingo, 06 de maio de 2012, 5º Domingo de Páscoa – Ano B


TEXTO BÍBLICO: Jo 15,1-8
Jesus, a videira
1Jesus disse:
— Eu sou a videira verdadeira, e o meu Pai é o lavrador. 2Todos os ramos que não dão uvas ele corta, embora eles estejam em mim. Mas os ramos que dão uvas ele poda a fim de que fiquem limpos e deem mais uvas ainda. 3Vocês já estão limpos por meio dos ensinamentos que eu lhes tenho dado. 4Continuem unidos comigo, e eu continuarei unido com vocês. Pois, assim como o ramo só dá uvas quando está unido com a planta, assim também vocês só podem dar fruto se ficarem unidos comigo.
5— Eu sou a videira, e vocês são os ramos. Quem está unido comigo e eu com ele, esse dá muito fruto porque sem mim vocês não podem fazer nada. 6Quem não ficar unido comigo será jogado fora e secará; será como os ramos secos que são juntados e jogados no fogo, onde são queimados. 7Se vocês ficarem unidos comigo, e as minhas palavras continuarem em vocês, vocês receberão tudo o que pedirem. 8E a natureza gloriosa do meu Pai se revela quando vocês produzem muitos frutos e assim mostram que são meus discípulos.
Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH)
1. LEITURA

Que diz o texto?

Pistas para leitura


Queridos jovens:
Neste fim de semana e no próximo, meditaremos a primeira grande parte do capítulo 15 do Evangelho segundo são João.
O texto apresenta os oito primeiros versículos do supracitado capítulo, e poderia ser dividido em três grandes partes:
  1. A videira verdadeira (versículos 1-3).
  2. Manter-se unidos à videira (versículos 4-6).
  3. Ampliação do tema central (versículos 7-8).
Explicaremos brevemente cada uma das partes…
No Domingo passado, Jesus apresentava-se como o “bom pastor”; hoje, ele apresenta-se como a “vinha verdadeira”. A vinha era uma plantação comum na Palestina, mas que requeria muitos cuidados por parte do vinhateiro, visto que as particulares condições climáticas daquela região. O dono “desvelava-se” no cuidado de sua vinha. Quando um ramo não dá uvas, não produz fruto, deve ser cortado. Quando um ramo dá uvas, deve ser limpa (literalmente: “purificada”) para que possa dar mais fruto. A isto, normalmente, chama-se de poda. É consolador que Jesus diga a seus discípulos que eles já estão limpos pela palavra que receberam.
Na segunda parte do relato, o acento recai sobre duas questões intimamente relacionadas: por um lado, a insistência em dar frutos, em produzir uvas… Por outro, a necessidade de “manter-se unidos” a Jesus para, justamente, poder dar fruto. O verbo que aqui se traduz como “manter-se unido”, pode-se traduzir também por “permanecer”. É o verbo grego menein, que significa “permanecer unido”, mas não de maneira estática e fixa, como soa em nossa língua portuguesa. É um permanecer unidos de maneira dinâmica, com uma ida e uma volta, com uma relação de diálogo com o Senhor, face a face. Em cinco versículos, do quarto ao sétimo, aparece oito vezes este verbo. Assim como os ramos não podem fazer nada sem a planta, da mesma maneira os discípulos de Jesus não podem fazer nada se não estiverem unidos a ele.
Na terceira parte do texto, dá-se um tipo de consequência lógica: quem está unido a Jesus, vai ter a experiência de uma oração eficaz: “receberão do meu Pai tudo o que pedirem”. Isto é fácil dizê-lo, mas muito difícil de vivê-lo. Por isso, empenhemo-nos para que, sendo autênticos discípulos, demos muito fruto e desfrutemos de uma oração eficaz da parte do Pai, porque estamos intimamente unidos ao Senhor.
Para levar em conta: embora haja diferenças terminológicas no hebraico e no grego da Bíblia para falar de vinha, vinhedo, videira, em linhas gerais podemos considerá-las mais ou menos a mesma coisa. Para o momento, são a imagem simbólica do Antigo ou do Novo Povo de Israel, de acordo com os textos do AT e do NT.
Outros textos bíblicos a serem comparados: Is 5; Jo 6,56-57; Ez 15,1-8; Mt 5,16.
Para continuar o aprofundamento destes temas, pode-se consultar no índice temático da Bíblia de Estudo NTLH o verbete: “videira”.
Perguntas para a leitura
  • Neste relato, com que Jesus se identifica?
  • Como “qualifica” a vinha?
  • Qual é a função do Pai? O que faz com a vinha?
  • Que acontece com os ramos que não dão uvas?
  • Que acontece com os ramos que dão fruto?
  • Por que os discípulos de Jesus estão “limpos”?
  • Em que versículos aparece o verbo “manter-se unido”?
  • Quais e quem são os “sujeitos” do verbo “manter-se unido” ou “permanecer”?
  • O que acontece com o discípulo que não está unido ao Senhor?
  • O que acontece com o discípulo que está unido efetivamente ao Senhor?
  • Como se conclui o texto que acabamos de ler?

Prefeito da Congregação para o Clero, cardeal Piacenza, divulga carta aos sacerdotes


O prefeito da Congregação para o Clero, cardeal Mauro Piacenza, recordou aos sacerdotes sua vocação à santidade e os exortou a trabalharem pela nova evangelização para evitar que as nações cristãs caiam em um novo tipo de ateísmo. “As nações cristãs já não sentem a tentação de ceder a um ateísmo genérico (como no passado), mas correm o risco de serem vítimas desse ateísmo particular que vem do fato de terem esquecido a beleza e o calor da Revelação Trinitária”, advertiu o cardeal na carta publicada por ocasião da Jornada Mundial de Oração para a Santificação do Clero que será celebrada na próxima solenidade do Sagrado Coração de Jesus (dia 15 de junho de 2012).
O cardeal escreveu que neste contexto, são os sacerdotes os que “devem dirigir tudo para a Comunhão Trinitária: só a partir desta e entrando nela, os fiéis podem descobrir verdadeiramente o rosto do Filho de Deus e sua contemporaneidade, e podem verdadeiramente chegar ao coração de todo homem e à pátria à qual todos estão chamados”. Dom Piacenza indicou que só assim será possível “oferecer de novo aos homens de hoje a dignidade do ser pessoa, o sentido das relações humanas e da vida social, e a finalidade de toda a criação”.
A autoridade vaticana recordou que com a sua ordenação, o sacerdote aceitou não só o convite a santificar-se, mas também a converter-se em ministro da santificação. “Não podemos nos santificar sem trabalhar para a santidade de nossos irmãos, e não podemos trabalhar pela santidade de nossos irmãos sem que antes tenhamos trabalhado e trabalhemos pela nossa santidade”, assinalou.
Entretanto, lamentou os “graves escândalos” que criaram também as suspeitas sobre sacerdotes honestos e coerentes. “Como ministros da misericórdia de Deus, sabemos, portanto, que a busca da santidade sempre se pode retomar, a partir do arrependimento e do perdão. Mas ao mesmo tempo sentimos a necessidade de pedi-lo, cada sacerdote, em nome de todos os sacerdotes e para todos os sacerdotes”, expressou.
Nesse contexto, o cardeal Piacenza destacou a importância do Ano da Fé convocado pelo papa Bento XVI e afirmou que “não será realmente possível nenhuma nova evangelização se nós cristãos não formos capazes de surpreender e comover novamente o mundo com o anúncio da Natureza do Amor de Nosso Deus, nas Três Pessoas Divinas que a expressam e que nos fazem partícipes de sua mesma vida”.
“O mundo de hoje, com suas lacerações cada vez mais dolorosas e preocupantes, necessita do Deus-Trindade, e anunciá-lo é a tarefa da Igreja. A Igreja, para poder desempenhar esta tarefa, deve permanecer indissoluvelmente abraçada a Cristo e jamais se separar dele; necessita de santos que vivam 'no coração de Jesus' e sejam testemunhas felizes do Amor Trinitário de Deus. E os Sacerdotes, para servir à Igreja e ao mundo, precisam ser santos!”, finalizou o prefeito da Congregação para o Clero.


quarta-feira, 2 de maio de 2012

"Tu és sacerdote eternamente
segundo a ordem do rei Melquisedeque!" (Salmo 109 / 110) 

Parabéns ao Padre José Grigorio, pároco da Catedral São João Batista, e ao Padre Iolando Alcântara, pároco da paróquia São José e adm. da paróquia São Sebastião, pelo seu SIM dito de todo coração ao Senhor.






Pe. José Grigorio da Silva - Anivérsaio sacerdotal: 04/05/1996


Pe. Iolando Alcântara de Miranda - Anivérsario sacerdotal: 15/05/2009

Mensagem aos dois sacerdotes:

Palavra do Senhor ao meu Senhor:
“Assenta-te ao lado meu direito
até que eu ponha os inimigos teus
como escabelo por debaixo de teus pés!”

O Senhor estenderá desde Sião
vosso cetro de poder, pois ele diz:
“Domina com vigor teus inimigos.

Tu és príncipe desde o dia em que nasceste;
na glória e esplendor da santidade,
como o orvalho, antes da aurora, eu te gerei!”

Jurou o Senhor e manterá sua palavra:
“Tu és sacerdote eternamente,
Segundo a ordem do rei Melquisedeque!”

               Parabéns aos sacerdotes e o nosso muito obrigado pela dedicação ao Reino do Senhor. Que Maria, mãe e protetora dos sacerdotes, continue intercedendo por vocês ao Pai. Deus os abencõe hoje e sempre os vossos ministérios.

SAV – Serviço de Animação Vocacional







4º domingo da Páscoa celebramos o domingo do Bom Pastor. Por feliz iniciativa do Venerável Paulo VI, foi instituído neste dia o Dia Mundial de Oração pelas Vocações. Ontem – 29 de Abril de 2012 –, refletimos sobre o tema «As vocações, dom do amor de Deus.
Toda a Vocação é um dom do Espírito Santo, que não podemos alcançar pelos nossos humildes esforços, mas pela oração perseverante.
Por isso todas as nossas paróquias, em comunhão com toda Igreja rezaram também por todas as vocações nas celebrações Eucarísticas, nas celebrações da Palavra e ainda tiveram outras iniciativas como vigílias vocacionais, como a comunidade Santa Catarina, no Bairro Jardim. Novo Horizonte, a Chácara Sagrada Família, nas margens da BR 135 em direção a Luiz Eduardo.
Ontem fui presidir a Santa Missa na Paróquia Menino Deus, em Cristópolis, onde fizemos uma boa reflexão e um forte apelo aos nossos jovens e convite a toda comunidade para rezar pelas vocações.
No Centro Vocacional Pe. Armindo, onde temos quatro jovens vocacionados fizemos na quinta-feira uma Adoração Eucarística Vocacional com a Benção do Santíssimo e na sexta-feira rezamos o Terço Vocacional com a participação também de outros jovens que aspiram fazer também a experiência vocacional.
Unamos todos em oração, implorando muitos e santos operários para a Messe do Senhor, pois a messe e grande e poucos são os operários.
Jovem, você sente o chamado de Deus, não tenha medo de lançar as redes. O Senhor te espera, dê o seu sim generoso.
Por Pe. Verneson F. de Souza
Coord. da Pastoral Vocacional/SAV e Reitor do Centro Vocacional Pe. Armindo
Tel. (77)3021-2669/8104-5254/9976-0806