segunda-feira, 29 de abril de 2013



Cidade do Vaticano (RV) – O novo pontífice é o Cardeal Jorge Mario Bergoglio, Papa Francisco, que nasceu em Buenos Aires, na Argentina, em 17 de dezembro de 1936. É Ordinário para os fiéis de rito oriental residentes na Argentina e sem Ordinário do rito próprio.
O Papa jesuíta se formou como técnico químico, mas depois escolheu o caminho do sacerdócio e entrou para o seminário de Villa Devoto. Em 11 de março de 1958, passou para o noviciado da Companhia de Jesus. Completou os estudos humanistas no Chile e em 1963, voltou para Buenos Aires e se formou em filosofia na Faculdade de Filosofia do Colégio máximo San José, de São Miguel.
De 1964 a 1965, ensinou literatura e psicologia no Colégio da Imaculada de Santa Fé e, em 1966, ensinou essas mesmas matérias no Colégio do Salvador, em Buenos Aires.
De 1967 a 1970 estudou teologia na Faculdade de Teologia do Colégio máximo San José, de São Miguel, onde se formou.
Em 13 de dezembro de 1969 foi ordenado sacerdote.
Em 1970-1971, completou a terceira aprovação em Alcalá de Henares (Espanha), e em 22 de abril de 1973 fez a profissão perpétua.
Foi mestre de noviços em Villa Barilari, San Miguel (1972-1973), professor na Faculdade de Teologia, Consultor da Província e Reitor do Colégio máximo. Em 31 de julho de 1973, foi eleito provincial da Argentina, cargo que desempenhou por seis anos.
De 1980 a 1986, foi reitor do Colégio máximo e das Faculdades de Filosofia e Teologia dessa mesma Casa e pároco da Paróquia de São José, na Diocese de San Miguel.
Em março de 1986, viajou para a Alemanha para completar sua tese de doutorado. Foi enviado pelos seus superiores ao Colégio do Salvador e passou para a igreja da Companhia na cidade de Córdoba, como diretor espiritual e confessor.
Em 20 de maio de 1992, João Paulo II o nomeou Bispo titular de Auca e Auxiliar de Buenos Aires. Em 27 de junho do mesmo ano, recebeu na catedral de Buenos Aires a ordenação episcopal das mãos do Cardeal Antonio Quarracino, do Núncio Apostólico Dom Ubaldo Calabresi e do Bispo de Mercedes-Luján, Dom Emilio Ogñénovich.
Em 3 de junho de 1997 foi nomeado Arcebispo Coadjutor de Buenos Aires e em 28 de fevereiro de 1998 Arcebispo de Buenos Aires por sucessão à morte do Card. Quarracino.
É autor dos livros: «Meditaciones para religiosos» del 1982, «Reflexiones sobre la vida apostólica» del 1986 e «Reflexiones de esperanza» del 1992.
É Ordinário para os fiéis de rito oriental residentes na Argentina que não podem contar com um Ordinário de seu rito. Grão-Chanceler da Universidade Católica Argentina.
Relator-Geral adjunto da 10ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos (outubro de 2001).
De novembro de 2005 a novembro de 2011 foi Presidente da Conferência Episcopal Argentina.
Foi criado Cardeal pelo Beato João Paulo II no Consistório de 21 de fevereiro de 2001, titular da Igreja de São Roberto Bellarmino.
É Membro:
das Congregações: para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos; para o Clero; para os Institutos de vida consagrada e as Sociedades de vida apostólica;
do Pontifício Conselho para a Família:
da Pontifícia Comissão para a América Latina.
Fonte: Rádio Vaticana: http://pt.radiovaticana.va/news/2013/03/13/biografia_do_papa_francisco_i/bra-673093

HOMILIA DO SANTO PADRE FRANCISCO
Praça de São Pedro
V Domingo de Páscoa, 28 de Abril de 2013


Amados irmãos e irmãs!Queridos crismandos! Bem-vindos!


Gostaria de vos propor três pensamentos, simples e breves, para a vossa reflexão.
1.Na Segunda Leitura, ouvimos a estupenda visão de São João: um novo céu e uma nova terra e, em seguida, a Cidade Santa que desce de junto de Deus. Tudo é novo, transformado em bondade, em beleza, em verdade; não há mais lamento, nem luto... Tal é a acção do Espírito Santo: Ele traz-nos a novidade de Deus; vem a nós e faz novas todas as coisas, transforma-nos. O Espírito transforma-nos! E a visão de São João lembra-nos que todos nós estamos a caminho para a Jerusalém celeste, a novidade definitiva para nós e para toda a realidade, o dia feliz em que poderemos ver o rosto do Senhor – aquele rosto maravilhoso, tão belo do Senhor Jesus –, poderemos estar para sempre com Ele, no seu amor.
Olhai! A novidade de Deus não é como as inovações do mundo, que são todas provisórias, passam e procuram-se outras sem cessar. A novidade que Deus dá à nossa vida é definitiva; e não apenas no futuro quando estivermos com Ele, mas já hoje: Deus está a fazer novas todas as coisas, o Espírito Santo transforma-nos verdadeiramente e, através de nós, quer transformar também o mundo onde vivemos. Abramos a porta ao Espírito, façamo-nos guiar por Ele, deixemos que a acção contínua de Deus nos torne homens e mulheres novos, animados pelo amor de Deus, que o Espírito Santo nos dá. Como seria belo se cada um de vós pudesse, ao fim do dia, dizer: Hoje na escola, em casa, no trabalho, guiado por Deus, realizei um gesto de amor por um colega meu, pelos meus pais, por um idoso. Como seria belo!


2. O segundo pensamento: na Primeira Leitura, Paulo e Barnabé afirmam que «temos de sofrer muitas tribulações para entrarmos no Reino de Deus» (Act 14, 22). O caminho da Igreja e também o nosso caminho pessoal de cristãos não são sempre fáceis, encontramos dificuldades, tribulações. Seguir o Senhor, deixar que o seu Espírito transforme as nossas zonas sombrias, os nossos comportamentos em desacordo com Deus e lave os nossos pecados, é um caminho que encontra muitos obstáculos fora de nós, no mundo, e dentro de nós, no coração. Mas, as dificuldades, as tribulações fazem parte da estrada para chegar à glória de Deus, como sucedeu com Jesus que foi glorificado na Cruz; aquelas sempre as encontraremos na vida. Não desanimeis! Para vencer estas tribulações, temos a força do Espírito Santo.

3. E passo ao último ponto. É um convite que dirijo a todos, mas especialmente a vós, crismandos e crismandas: permanecei firmes no caminho da fé, com segura esperança no Senhor. Aqui está o segredo do nosso caminho. Ele dá-nos a coragem de ir contra a corrente. Sim, jovens; ouvistes bem: ir contra a corrente. Isto fortalece o coração, já que ir contra a corrente requer coragem e Ele dá-nos esta coragem. Não há dificuldades, tribulações, incompreensões que possam meter-nos medo, se permanecermos unidos a Deus como os ramos estão unidos à videira, se não perdermos a amizade com Ele, se lhe dermos cada vez mais espaço na nossa vida. Isto é verdade mesmo, e sobretudo, quando nos sentimos pobres, fracos, pecadores, porque Deus proporciona força à nossa fraqueza, riqueza à nossa pobreza, conversão e perdão ao nosso pecado. O Senhor é tão misericordioso! Se vamos ter com Ele, sempre nos perdoa. Tenhamos confiança na acção de Deus! Com Ele, podemos fazer coisas grandes; Ele nos fará sentir a alegria de sermos seus discípulos, suas testemunhas. Apostai sobre os grandes ideais, sobre as coisas grandes. Nós, cristãos, não fomos escolhidos pelo Senhor para coisinhas pequenas, ide sempre mais além, rumo às coisas grandes. Jovens, jogai a vida por grandes ideais!
Novidade de Deus, tribulação na vida, firmes no Senhor. Queridos amigos, abramos de par em par a porta da nossa vida à novidade de Deus que nos dá o Espírito Santo, para que nos transforme, nos torne fortes nas tribulações, reforce a nossa união com o Senhor, o nosso permanecer firmes n'Ele: aqui está a verdadeira alegria. Assim seja.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Papa Francisco: "Ele nos guia no caminho da vida"


francisco.21.04Após presidir a missa de ordenação de dez novos sacerdotes na manhã deste domingo, 21 de abril, na Basílica de São Pedro, o Papa Francisco assomou à janela do apartamento Pontifício para recitar a oração do Regina Coeli.
Na sua alocução, que antecede a oração mariana, Francisco deteve-se no Evangelho do Bom Pastor deste quarto domingo da Páscoa, dizendo que “nos quatro versículos da leitura está toda a mensagem de Jesus, existe o núcleo central do seu Evangelho: Ele nos chama a participar da sua relação com o Pai, e esta é a vida eterna”.
“Jesus – diz o Santo Padre – quer estabelecer com os seus amigos uma relação que seja reflexo daquela que Ele mesmo tem com o Pai: uma relação de pertencer reciprocamente na plena confiança, na íntima comunhão. E para exprimir este entendimento profundo, esta relação de amizade, Jesus usa a imagem do pastor com as suas ovelhas: ele as chama e elas escutam a sua voz, respondem ao seu chamado e o seguem. É belíssima esta palavra” – exclama Francisco.
Ele explica, que “o mistério da voz é sugestivo: desde o ventre de nossa mãe aprendemos a reconhecer a sua voz e aquela do papai. Do tom de uma voz percebemos o amor ou o desprezo, o afeto ou a frieza. A voz de Jesus é única! Se aprendemos a distingui-la, Ele nos guia no caminho da vida, um caminho que ultrapassa também o abismo da morte”.
Após, o Papa destaca o versículo que fala que ‘foi Deus Pai que confiou a Jesus as ovelhas, que somos nós’, dizendo que “isto é um mistério muito profundo, não fácil de compreender. Se eu me sinto atraído por Jesus, se a sua voz aquece o meu coração, é graças a Deus Pai, que colocou dentro de mim o desejo de amor, de verdade, de vida de beleza...Jesus é tudo isto em plenitude”, afirma.
Francisco diz que muitas vezes Jesus nos chama, nos convida a segui-lo, mas acontece alguma coisa que não nos damos conta. Então dirigindo-se aos jovens presentes na Praça São Pedro, perguntou: “alguma vez vocês escutaram a voz do Senhor através um desejo, uma inquietação, convidando-os a segui-lo mais de perto? Já sentiram o desejo de serem apóstolos de Jesus? À juventude é necessário propor grandes ideais. Pergunte a Jesus que coisa ele quer de ti e seja corajoso. Atrás e antes de cada vocação ao sacerdócio ou à vida consagrada, tem sempre a oração forte e intensa de alguém: de uma nona, de um nono, de uma mãe, de um pai, de uma comunidade...Por isto que disse Jesus: “Orai ao Senhor para que mande operários à sua messe”.
“As vocações – explica o Papa – nascem na oração e da oração; e somente na oração podem perseverar e dar fruto. Me agrada sublinhar isto hoje, que é o Dia Mundial de Oração pelas Vocações”.
Por fim, o Santo Padre pede orações pelos novos sacerdotes por ele ordenados na manhã de hoje, invocando a intercessão de Maria, que é a Mãe e a mulher do ‘sim’. Ela – disse o Papa – aprendeu a reconhecer a voz de Jesus desde que o levava no seu ventre. Maria nos ajude a conhecer sempre melhor a voz de Jesus e segui-la, para caminhar no caminho da vida”.
Ao final da oração do Regina Coeli, o Santo Padre fez um apelo pela paz na Venezuela: “Sigo com atenção os acontecimentos em curso na Venezuela. Os acompanho com viva preocupação, com intensa oração e com a esperança de que se encontrem caminhos justos e pacíficos para superar o momento de grave dificuldade que o país está atravessando. Convido o povo venezuelano, de modo particular os responsáveis institucionais e políticos, a rejeitar com firmeza qualquer tipo de violência e a estabelecer o diálogo baseado na verdade, no reconhecimento recíproco, na busca do bem comum e no amor pela nação.”
O Santo Padre também pediu aos fiéis para que rezem e trabalhem pela paz e confiou a Venezuela a Nossa senhora do Coromoto.
Papa Francisco, após, recordou as vítimas do terremoto na China.

Fonte: www.cnbb.com.br

Homilia de Dom Josafá Menezes da Silva Ordenação do Diácono Maycon Battisti




Caríssimos padres da Diocese de Barreiras, uma saudação ao Padre Miguel, membro do clero da Diocese de Apucarana, filho de baiano, visitando-nos desejoso de fazer uma experiência missionária conosco; saúdo também Frei Rivaldo, representando a Província Capuchinha do Paraná e Santa Catarina, padre Rodrigo, colega de estudos da Arquidiocese de Maringá, autoridades do município de Barreiras e dos outros municípios desta região; prezados diáconos, religiosas, seminaristas, aspirantes à vida sacerdotal e religiosa, prezados pais, irmãs e demais familiares de Maycon.
Irmãos e Irmãs em nosso Senhor Jesus Cristo.
A ordenação episcopal de Dom Eraldo, a morte do Padre Reinan e a opção que fizemos pela qualificação dos nossos padres tornaram muito mais preciosa esta ordenação presbiteral do diácono Maycon Battisti, preparada com tanto esmero pela comunidade deste Santuário e pelos seus familiares.
A oração de Jesus, repetida pela Igreja, “enviai, Senhor, operários para vossa messe”, assume nas comunidades, especialmente, naquelas que não têm um padre residente a característica de grito angustiado e súplica insistente que o Senhor da Messe, na sua infinita bondade, responde com pessoas bem concretas. Aqui estão Maycon, o ordenando, Daniel, Robervalto, os jovens que estão no Centro Vocacional e tantos outros que no serviço sacerdotal responderam com generosidade ao chamado do Senhor. Tem razão a Mensagem para a 50ª Jornada Mundial de Oração pelas Vocações, celebrada neste domingo em toda a Igreja, assinada pelo Papa Emérito Bento XVI, em outubro de 2012: “Também hoje, como aconteceu durante a sua vida terrena, Jesus, o Ressuscitado, passa pelas estradas da nossa vida e vê-nos imersos nas nossas atividades, com os nossos desejos e necessidades. É precisamente no nosso dia-a-dia que Ele continua a dirigir-nos a sua palavra; chama-nos a realizar a nossa vida com Ele, o único capaz de saciar a nossa sede de esperança. [...] Jesus repete também hoje: «Vem e segue-Me!» (Mc 10,21)”.
“Onde desabrocham as vocações, vive-se generosamente segundo o evangelho” continua a Mensagem da Jornada Mundial de Oração, referindo-se à vitalidade de fé e de amor de cada comunidade paroquial e da Igreja diocesana e à saúde religiosa e moral das famílias cristãs.
O coração de uma família tradicionalmente católica, como a família de Maycon, não se satisfaz de em Barreiras plantar, colher, beneficiar e comercializar as culturas de nosso cerrado, mas quer amar o seu povo, evangelizá-lo e servi-lo.
Escolhemos este sábado do IV do Domingo da Páscoa, Domingo do Bom Pastor, para agradecer pelo chamado Deus, que dirige aos jovens que aqui nascem, aos que vieram para cá ainda pequenos e aos nascendo fora, de alguma maneira, optaram e optam por esta terra e pelos seus filhos, pensado em oferecer-lhes o melhor de si para a construção da Igreja e a instauração do Reino de Cristo Jesus, Nosso Senhor.
Serve-nos neste ponto da reflexão a belíssima homilia do Papa Francisco, por ocasião da Missa dos Santos Óleos de 2013, pronunciada na Basílica de São Pedro, em Roma. Para explicar o serviço sacerdotal, o Papa Francisco toma a imagem do Salmo 133: «É como óleo perfumado derramado sobre a cabeça, que escorrer pela barba de Aarão, ensopa o manto e desce até a borda das suas vestes» (v. 2). Esta é segundo o Papa a imagem da unção sacerdotal, que, por intermédio de Cristo, Ungido do Pai, escorre através dos ministros da Igreja para chegar aos confins do universo. A unção que se recebe na ordenação é destinada ao povo de Deus, especialmente aos pobres, aos oprimidos, aos doentes, aos tristes; aos últimos. É perfume que os presbíteros são chamados a exalar através das pregações, nas celebrações dos sacramentos, no governo humildade da comunidade e até nas situações mais banais da vida. Quando o povo nos importuna está desejando o óleo perfumado que intui que nós o possuímos.
“No mar tenebroso do mundo atual, conclui o Papa Francisco, vale a unção – não a função - e só resultam fecundas as redes lançadas unicamente no nome daquele no qual estamos fundados: Jesus”.
É desta unção que Paulo e Barnabé estão imbuídos no âmbito da primeira viagem missionária de que nos fala a primeira leitura dos Atos dos Apóstolos, 13,14.43-52. Em Chipre, cidade natal de Barnabé, e depois Antioquia da Pisídia, comunidade viva, os dois reúnem, conversam e pregam a Palavra de Deus, nas casas, nas praças e nas sinagogas. Pelos judeus, seus adversários, são recebidos com blasfêmias, calúnias, insultos, desprezo e perseguições. A dureza e a dramaticidade da missão não produzem nos discípulos amargura e medo. São Lucas diz que os apóstolos não perdem a coragem. Ao contrário, vivem os conflitos com muita alegria. Eles programaram a evangelização, traçaram os seus passos: “era preciso anunciar a palavra de Deus primeiro aos judeus, mas como rejeitaram, nos dirigimos aos pagãos”. Sentem a presença e as palavras fulminantes do Ressuscitado: “Eu te coloquei como luz para as nações, para que leves a salvação até os confins da terra!” Eles não têm nenhuma dúvida a respeito da vitória de Jesus, o Senhor. Não dramatizam a situação: hoje se fechou uma porta, amanhã outras abrirão, inclusive as mais trancadas.  Paulo e Barnabé decidem pelo campo complicado: os pagãos. O terreno desprezado pelos judeus se torna campo predileto dos discípulos. Nele, os apóstolos fazem as melhores colheitas.
Na segunda leitura, Apocalipse 7,9.14-17, não são os apóstolos da primeira viagem missionária. São multidões de todas as nações, tribos, povos e línguas, incontáveis como a areia da praia e as estrelas do céu. São muitos os que se santificam e podem evangelizar. “Esses são os que vieram da grande tribulação. Lavaram e alvejaram as suas roupas no sangue do cordeiro”. Estão de pé, isto é, vivos como ele e se posicionam “diante dele”, porque estão em plena relação de amizade com ele. É um detalhe interessante a lavagem. As vestes ficam mais brancas quanto mais são lavadas no sangue. Não se sujam, alvejam. O sangue é a doação do cordeiro! Os que se doam ao povo unem o próprio sangue de Cristo. Purificados, purificam o mundo, tornando-o mais justo e mais fraterno.
 A salvação é um dom nós sabemos, surpreende que as multidões a acolham. Vendo os atentados, os crimes, os roubos, as fugas da prisão, a seca, a lagarta nos pastos e nas plantações, nós poderíamos pensar que o mal está se difundindo. Que as pessoas e a nossa região vão se destruir. O vidente do Apocalipse tem outros olhos, possui uma visão mais profunda: vê a salvação de muitos.
 Concluo esta meditação com o evangelho de Jesus Cristo. É a imagem que está no convite desta ordenação. Jesus, o pastor bom, que carrega nos ombros uma ovelhinha cansada, talvez ferida e destinada a morrer. “Eu sou o bom Pastor. O bom pastor dá vida por suas ovelhas [...] As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. Eu dou-lhes a vida eterna e eles jamais se perderão. E ninguém vai arrancá-las de minha mão... E  ninguém poderá arrebatá-las da mão do Pai. Eu e o Pai somos um” (Jo 10,27-30).
Os pastores palestinos apascentavam os seus rebanhos na seca do deserto de Judá, nas areias esturricadas daquelas regiões. Era dura e perigosa a vida dos pastores. Os maus pastores se aproveitavam e engordavam ao prejuízo das ovelhas. O bom pastor aproveita a ocasião para ofertar a própria vida.
“Eu dou-lhes a vida eterna e elas jamais se perderão”. O Cordeiro oferece aos seus amigos o dom permanente da vida eterna.
O Papa Francisco fala de pastores com o odor de ovelhas. Sejamos pessoas que se alegram pelo que servem e não por serem servidas. A descrição que o padre Verneson fez na apresentação do candidato, referindo-se à experiência pastoral em Brejolândia e em Barreiras nas paróquias Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e Santa Rafaela Maria e no Centro Vocacional são uma demonstração de um pastor nos moldes do coração de Cristo; conservando inclusive traços de sua tradição franciscana.
Na prece de consagração, que faremos em seguida, pedimos ao Senhor que renove no coração de Maycon Battisti o espírito de santidade e que ele obtenha os bens que procedem de Deus através da ordem do presbiterado. Apascentado, possa o ministro constituído nesta liturgia, apascentar o rebanho de Cristo, conduzindo às fontes borbulhantes de justiça e de paz.
O Cristo que renova todas as coisas preside o painel deste presbitério do Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Que ele renove a santidade de todos nós que compomos presbitério da Diocese de Barreiras e revigore as religiosas, os diáconos, os seminaristas do seminário maior e do propedêutico, os jovens neste ano da JM e os fiéis todos que se doam nesta diocese.
Termino com uma citação de Santo Agostinho. Aqui tem o tema da ovelha que está nas mãos do Pastor. Nós somos pastores no pastor.
“Mendiga diante da porta de Deus; bate e abrir-se-á. Quanto à mim, estou desvalido e pobre, mas o Senhor cuidará de mim (Sl 54,23). Por que hás de preocupar-te contigo? Ele que antes de existires cuidou de ti, como não cuidarás quando já és aquilo que quis que fosses? [...] Agora que já és justo e vives da fé, há de negligenciar, abandonar, deixar? Ao contrário, favorece, ajuda, dá o necessário, corta o que é prejudicial [...] O Senhor cuida de ti, fica tranqüilo. Teu criador te sustenta, não escapes da mão de teu artífice, porque se caíres tu te quebrarás [...]Lança-te nele; não penses que é um precipício [...] Ele jamais te faltará!” (Santo Agostinho, Comentário ao salmo 39, p. 667). 


+ Dom Josafá Menezes da Silva
Bispo da Diocese de Barreiras.

Diácono Maycon Batistti é ordenado Sacerdote











Belíssima a ordenação sacerdotal do Diácono Maycon Battisti, sábado, 20 de abril e 2013,19h30, no Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em Barreiras. Gente de todas as comunidades, os familiares de Maycon, de Barreiras e o do sul do Brasil, os Padres daqui e os visitantes (Padre Rodrigo de Maringá, Padre Miguel Barros de Apucarana e Frei Rivaldo da Província Capuchinha do Paraná e Santa Catarina) formaram uma assembleia diversificada e vibrante. Padre Maycon celebrou a primeira missa, domingo, 21 de abril, às 8h no Santuário do Perpétuo Socorro, com grande participação da comunidade. 19h30 na Igreja Paroquial da Santa Cruz - Morada da Lua. Deus nos recompensa depois da ordenação de Dom Eraldo e da morte do Padre Reinan. Nós ganhamos um novo Padre. Na apresentação do candidato, Padre Verneson, Reitor do Centro Vocacional, reuniu "qualidades de um pastor com odor de ovelha" (Papa Francisco): forte, trabalhador, humilde, criativo e seguro na sua vocação na Igreja. Padre Maycon continuará o seu serviço no Centro Vocacional e estará também ajudando no Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Nós ganhamos muito com sua presença.

Por Dom Josafá Menezes da Silva

domingo, 21 de abril de 2013


Pe. Maycon Battisti

Minha história vocacional

Escrever em poucas linhas a própria história vocacional provoca em mim uma mistura de sentimentos... e também a certeza da constante presença de Deus na minha vida.
Desde muito jovem queria eu seguir a profissão do meu pai – agricultor. Com tal objetivo passei por todo o ensino médio escolar e ingressei na faculdade de agronomia. Enquanto estudava agronomia, até então tão desejado por mim, fiz uma bonita experiência de Deus na comunidade onde participava. Quando ia à missa, sozinho, por própria vontade e convicção de fé – herdada do berço familiar – sentia que Deus queria algo diferente de mim. Resumindo, esse sentimento foi se intensificando e decidi entrar no seminário.
Depois desse desejo, o primeiro desafio foi contar pra família. Mas, como Deus é bom, surgiu durante as férias da faculdade, nas conversas familiares a chance de comunicar tal desejo que, para a minha alegria, prontamente foi bem recebido pelos meus pais.
Fiz encontros vocacionais aqui na diocese de Barreiras e lá pude decidir que gostaria de ser religioso. Fui procurar na internet e com a ajuda de religiosas uma congregação e carisma que me interessava. Na época, após conhecer várias, decidi pelos Franciscanos Capuchinhos.
Nessa congregação religiosa fui admitido e lá vivi vários anos estudando, trabalhando, rezando e cultivando minha vocação. Mas Deus tem seus planos... no final do período formativo com os freis capuchinhos, decidi voltar para a terra onde meus pais residem e onde construi minha vida eclesial (catequese, crisma, trabalhos pastorais, etc.), e com alegria fui recebido na Diocese de Barreiras. Hoje sou imensamente grato aos freis capuchinhos pela formação humana e cristã que recebi durante os 8 anos que vivi com eles. Também testemunho que estou muito feliz por ser admitido entre o clero de Barreiras, juntamente com meu bispo Dom Josafá Menezes. Aqui em Barreiras sinto-me realizado. Tenho consciência que agora com a minha ordenação sacerdotal tudo está começando com uma nova dimensão, a partir da graça que o sacramento da ordem confere. A ordenação presbiteral é o ponto de largada...
Testemunho que sou feliz na vocação que respondi e que vale a pena seguir o caminho de Jesus.
Um grande abraço e a bênção a todos. Paz!

PadreMaycon Battisti

sábado, 20 de abril de 2013

Domingo do Bom Pastor


 


Oremos:

Senhor da Messe e pastor do rebanho faz ressoar em nossos ouvidos teu forte e suave convite: “Vem e segue-me”.
Derrama sobre nós o teu Espírito, que ele nos dê sabedoria para ver o caminho e generosidade para seguir tua voz.
Senhor, que a messe não se perca por falta de operários, desperta nossas comunidades para a missão, ensina nossa
vida a ser serviço, fortalece os que querem dedicar-se ao Reino na vida consagrada e religiosa. Senhor, que o rebanho
não pereça por falta de pastores. Sustenta a fidelidade de nossos bispos, padres, diáconos e ministros. Dá
perseverança a nossos seminaristas. Desperta o coração de nossos jovens para o ministério pastoral em tua Igreja.
Senhor da Messe e pastor do rebanho chama-nos para o serviço de teu povo. Maria, Mãe da Igreja, modelo dos servidores
dos servidores do Evangelho, ajuda-nos a responder o SIM. Amém.

terça-feira, 16 de abril de 2013

ORDENAÇÃO PRESBITERAL DE MAYCON BATISTI



A Igreja Católica agradece por tudo o que foi feito por nós 
e por todos, durante o seu Pontificado! 
Parabéns pelo 86º Aniversário, Papa Emérito Bento XVI!

O melhor e maior presente que podemos te dar é a 
ORAÇÃO!


A Igreja Católica agradece por tudo o que foi feito por nós e por todos, durante o seu Pontificado! 
Parabéns pelo 86º Aniversário, Papa Emérito Bento XVI!
O melhor e maior presente que podemos te dar é a ORAÇÃO!

Papa Francisco diz que há mais 


mártires que nos primeiros séculos

Eles são vítimas da calúnia, 'obra de Satanás', disse pontífice.
Declaração foi feita na missa papal diária na capela de Santa Marta.


O Papa Francisco declarou nesta segunda-feira (15) que há mais mártires cristãos hoje do que nos primeiros séculos da Igreja, dizendo que eles são vítimas de calúnia, "obra de Satanás".

Em sua missa diária na capela de Santa Marta, no Vaticano, o papa deu ênfase aos mártires cristãos que havia mencionado um dia antes no Angelus para 80 mil fiéis reunidos na Praça de São Pedro.

Falando aos empregados do serviço de telefonia do Vaticano, o papa condenou tais "calúnias, obra de Satanás", que os cristãos sofreram.
"O tempo dos mártires não está terminado. Podemos mesmo dizer que a Igreja tem mais mártires do em seus primeiros séculos (de existência). A Igreja tem muitos homens e mulheres que estão sendo caluniados, perseguidos, que foram massacrados pelo ódio a Jesus: um foi assassinado porque ensinava catecismo, outro porque carregava a cruz. Em muitos países, são difamados, perseguidos. São nossos irmãos e irmãs que sofrem neste tempo dos mártires", insistiu.
"Somos todos pecadores. Mas a calúnia é outra coisa! A calúnia quer destruir a obra de Deus nas pessoas! A calúnia nasce de uma coisa muito ruim! Ele usa mentiras para ir para frente! Não duvide! A calúnia é pior do que um pecado, é uma expressão direta de Satanás!"

 
De acordo com vários estudos publicados nos últimos meses, os cristãos de todas as denominações em todo o mundo são os fiéis mais perseguidos. Esta situação é especialmente verdadeira no mundo muçulmano devido a ascensão do fundamentalismo islâmico. Mas outros tipos de discriminação e violência existem, por exemplo, por parte de extremistas hindus contra a minoria cristã na Índia. 
Francisco pediu à Virgem Maria para "proteger os cristãos neste tempo de crise espiritual".

                            VOCAÇÃO

“Deus adorado, faça-me dar valor à dignidade de minha mais alta vocação e às suas responsabilidades. Jamais permita que eu a desgrace doando frieza, indelicadeza ou impaciência”
Madre Tereza de Calcutá
“Considerar a vida como vocação facilita a liberdade interior, estimulando na pessoa o desejo de futuro, juntamente com a rejeição de uma concepção passiva, aborrecida e banal da existência. A vida assume assim o valor de “dom recebido, que tende, por sua natureza, a se tornar bem doado” (Doc. Novas vocações para uma nova Europa, 1998, 16,b). O homem demonstra ter renascido no Espírito (cf Gn 3,3.5), quando aprende a seguir a via do mandamento novo: “que vos ameis uns aos outros, como eu vos amei” (Jo 15,12). Pode-se afirmar que, em certo sentido, o amor é o DNA dos filhos de Deus; é “a vocação santa” com que fomos chamados “em virtude do seu desígnio e graça que nos foi dada em Jesus Cristo desde os tempos eternos, e que agora se manifestou com a aparição do nosso Salvador Jesus Cristo” (2Tm 1,9-10).”
Papa João Paulo II, em 06 de maio de 2001, na Mensagem para o XXXVIII Dia Mundial das Vocações
“Responder o chamado de Deus é sempre uma aventura, mas vale a pena correr o risco”
Edith Stein
Por que não experimentas converter em serviço de Deus a tua vida inteira: o trabalho e o descanso, o pranto e o sorriso?- Podes… e deves!” (Forja, 679)
Josémaria Escrivá
“Nunca dês ouvidos àqueles que, no desejo de te servir, te aconselham a renunciar a uma das tuas aspirações. Tu bem sabes qual é a tua vocação, pois a sentes exercer pressão sobre ti. E, se a atraiçoas, é a ti que desfiguras. Mas fica sabendo que a tua verdade se fará lentamente, pois ela é nascimento de árvore e não descoberta de uma fórmula. O tempo é que desempenha o papel mais importante, porque se trata de te tornares outro e de subires uma montanha difícil. Porque o ser novo, que é unidade libertada no meio da confusão das coisas, não se te impõe como a solução de um enigma, mas como um apaziguamento dos litígios e uma cura dos ferimentos. E só virás a conhecer o seu poder, uma vez que ele se tiver realizado. “

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Boletim 51ª AG da CNBB
13/04/2013
12.04.2013

A sexta-feira começou com a celebração eucarística presidida pelo Cardeal Dom Geraldo, em homenagem aos bispos eméritos.
Terminada a missa, fomos ao Auditório da Basílica, onde aconteceu a abertura da V Conferência de Aparecida, no subsolo da Basílica. Ali tivemos a 1ª reunião privativa.  A palavra foi dada ao Núncio Apostólico, Dom Giovanni D´ Aniello. O Núncio agradeceu pelo 1º ano de trabalho e agradeceu aos bispos pela colaboração e amizade. Um ano passou depressa pela intensidade. Depois chamou atenção para alguns pontos da vida da Igreja e da relação com a Nunciatura.
Terminada a reunião privativa, viemos para o Centro de Eventos. Chegando ali, foi dada a palavra à  Comissão Pastoral Missionária e Cooperação Inter-eclesial.  Dom Sérgio, presidente da Comissão,  apresentou um vídeo com os congressos missionários.  Apresentou o livro: Missão no mundo pluricultural – 3º CMN. São os atos do 3º congresso nacional.
Depois foi lida a carta do Superior dos Jesuítas, Província do RJ,  sobre a suspensão das atividades do CIAS e IBRADES. Eram organismos que davam assessoria científica à CNBB.  As atividades em ato ficarão sob a responsabilidade do Centro Missionário. Os padres jesuítas poderão dar assessoria à CNBB, mas serão pessoais e não institucional.
IBRADES – criado 14 de março de 1969 – RJ. Necessidade de continuar trabalho de pesquisa e reflexão – assessoria institucional. Refundar uma instituição aproximando institutos e organismos como IBRADES, INP, etc.
A função fosse assumida por uma universidade católica. Conclusão: eventual parceria com universidade não dispensa a existência de um instituto próprio.
Dom Leonardo deu a palavra para AG. Dom Dimas Lara: Os organismos de pesquisa da CNBB estão se enfraquecendo ou morrendo. A universidade pode dar assessoria, mas não se há interesse e condições práticas.
Dom Walmor: os organismos contavam com voluntários e funcionam de maneira ajeitada.
Dom Joaquim Mol: são cerca de 80 realidades católicas em todo o Brasil. Essas realidades podem contribuir para assessorar as atividades da CNBB e as comissões. No congresso dos reitores das universidades católicas do Brasil fizemos uma proposta de que cada comissão episcopal pastoral.
A discussão a respeito da assessoria às ações da CNBB foi remetida ao Conselho Permanente.
Depois a Comissão sobre a Questão Agrária apresentou o esboço do documento: “A Igreja e questão agrária no século XXI”.
Dom  Itamar – fez uma introdução fazendo memória de como a questão agrária. Guilherme Delgado apresentou o esboço todo. As partes. Introdução. Fazendo memória.  Quatro capítulos são indissociáveis. 1- Eu vi a opressão do meu povo (Ex 3,7). 2 – “Ouvi o grito de aflição diante dos opressores” (Ex 3,7b). 3 – “Desci para libertá-los (Ex 3,8)”. 4 – “E agora, vai! Eu te envio” (Ex 3,10). Conclusões.
Há uma problemática nova. Nos anos 80 estávamos sob a ditadura militar. A ideologia dominante era a segurança nacional. O papel de denúncia da Igreja era fundamental. O modelo agrário na ditadura militar. Temos ciclo histórico novo que é fonte de esperança, mas re-instala antigos problemas antigos. Temos democracia formal, estado direito, direitos sociais. A economia brasileira passa a depender de exportação de commodities agrárias. Recalibra os grandes projetos e problemas antigos. Esquema agro-pecuário persiste na exclusão. Calibra a posse e aumento da grande propriedade. Exclui, danifica a natureza, aumenta os poderes dos grandes.
Sessão da Tarde
Começamos rezando as médias e depois lemos a introdução e os números dos números 162-176 do texto sobre a Questão da Terra. O texto era uma leitura bíblica que causou luta ideológica. O texto parece não querer que se plante. A terra deve ser dos pescadores, pequenos agricultores, dos quilombolas, etc. Será difícil aprovar o texto.
Terminada o trabalho de grupo, fomos veio intervalo para o lanche. Depois a reunião do regional Nordeste 3. A pauta: os seminários e cursos de teologia frequentados pelas dioceses do regional. Ilhéus, Feira de Sant’Ana e Salvador são os pontos de formação. Nesses lugares foram feitos investimentos e criadas estruturas que estão com poucos seminaristas ou estão sendo abandonadas. Algumas dioceses estão mandando os seus seminaristas para outros lugares. O perigo é dispersar.
Atualmente são 370 seminaristas nas dioceses do Regional Nordeste 3. 227 na Teologia e 143 na Filosofia. 89 no Propedêutico. A proposta é concentrá-los em alguns centros, mas é preciso discutir.
A reflexão que os bispos fizeram não deve levar em conta somente o econômico, o lugar social, mas a idéia de Igreja e a responsabilidade da formação.
Por Dom Josafá Menezes da Silva

sábado, 13 de abril de 2013



51ª Asseblleia Geral da CNBB
10 de abril de 13
A 51ª AG começou com uma análise de conjuntura feita pelos padres Geraldo e Thierry. A análise partiu de uma comparação dos números do censo de 2010 e 2000. As perdas e os ganhos das igrejas e religiões.
11 de abril de 13
A missa presidida pelo Núncio Apostólico, Giovanni D’Aniello, com uma homenagem aos bispos ordenados da última assembleia até esta. Foram 19 bispos, um deles Dom Eraldo. No Centro de Eventos, o primeiro ato foi a leitura do esboço ao Papa Francisco. Diversos bispos se pronunciaram para melhorar a redação. Depois, Dom Fernando Saburido, Arcebispo de Recife, pediu que a Assembléia se pronunciasse a respeito da dura situação da seca do Nordeste, através de uma nota. A proposta foi acolhida pelos presentes.
Foi chamada a Comissão dos Textos Litúrgicos. Dom Armando Búcciol apresentou a redação do Missal Romano para o ordinário da missa (ritos iniciais até os finais e 60 prefácios).  A Assembléia deve votar o texto e fazer as correções.
Em seguida, foi chamada a Comissão do Tema Central: “Comunidade de comunidades: uma nova paróquia”. Dom Sérgio Castriani justificou o tema: “Aparecida faz uma clara opção pela paróquia e pela sua revitalização. As DGAE o papel fundamental da paróquia para ação evangelizadora [...]”. A comissão foi formada pensando no Brasil. Não é novo o tema e é sempre atual. Está na agenda de muitos regionais. Pela importância do tema, a comissão propôs um texto de estudos, que depois fosse trabalhado pelos regionais, durante o ano e aprovado no próximo ano. A AG votou favorável. O texto foi apresentado pelos membros da comissão. Introdução.  O cap. I - Perspectiva bíblica. Cap. II: Perspectiva teológica.  O cap. III: quais os desafios os contextos atuais colocam à paróquia. Cap. IV: perspectivas pastorais e V Proposições. Foi dada a palavra para o plenário.  Intervieram: Dom Beni, Aldo Pagotto, Dom Walmor, etc. Depois disso, o esboço  foi submetido a apreciação dos bispos e encaminhado para os grupos.  Dom Sérgio: termina citando o número 240. Os grupos se reuniram até o final do expediente.
Sessão da Tarde
Foi reapresentada e aprovada a mensagem da AG ao Papa Francisco.  Depois foi dada a palavra para a Comissão Pastoral para os Ministérios Ordenados e Vida Consagrada que fez um resumo das Atividades para 2013.
Dom Darci Nicioli, Bispo Auxiliar de Aparecida, apresentou o programa do Jubileu dos 300 anos da Imagem de Nossa Senhora Aparecida, 12 de outubro de 1717. Proposta temática: 2012 – Com a Mãe Aparecida, acolhemos Jesus, nossa alegria (Mistérios Gozosos). 2013 – Com a mãe Aparecida, seguiremos Jesus, nossa Luz (Luminosos). 2014 – Somos solidários com Jesus nossa força (Dolorosos). 2015 – Com a mãe Aparecida, ressuscitemos com Jesus, nossa Esperança (Gloriosos).
1717-2017 – Ano Jubilar! Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil – 300 anos de bênçãos.   O Santuário propõe uma grande missão envolvendo as dioceses de todo o Brasil e o Santuário de Fátima. As dioceses terão a possibilidade de receber a visita da Imagem Peregrina de Nossa Senhora Aparecida entre os anos 2014-2016. Transmissão da Reza do Terço. As dioceses poderão ter uma programação própria contando inclusive com o apoio do Santuário.
Dom Dimas e a comissão apresentaram o Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil. Partiu do Diretório Italiano, mas hoje é 90% brasileiro. Somos a 2ª Conferência a ter um diretório no mundo. Feita uma comissão com presença de especialistas. Três professores.  Introdução. Cap. I: Desafios da comunicação para a Igreja num mundo em mudanças; Cap. II: Comunicação nas Redes Sociais Digitais. Cap. III: Teologia da Comunicação. IV – Comunicação e Vivência da Fé: catequese, liturgia e caridade; V – Ética e Comunicação; VI – Leigos e Leigas com a comunicação;  VII – A Igreja e a Cultura da Mídia; Prof. Ivan: Cap. VIII – Políticas de Comunicação; IX – Educar para a Comunicação; X – Comunicação da Igreja no Brasil e um glossário de comunicação.
Encaminhado trabalho de grupos sobre o Diretório de Comunicação. Os grupos leram e vão apresentar as sugestões de acréscimos e supressões. Os grupos trabalharam e os relatores vão apresentar o trabalho.  

Por Dom Josafá Menezes da Silva

quinta-feira, 11 de abril de 2013


A VOCAÇÃO DE CADA UM

SACERDOTAL - RELIGIOSA - MATRIMONIAL -  LEIGA

Quando você quer seguir uma profissão, são muitos os caminhos a seguir, não?
Pois é. Dá pra escolher aquela que dá mais dinheiro, a que ajuda a se realizar melhor, aquela de que mais gosta, etc.

Mas quando se fala de vocação, a história é diferente. A escolha é limitada. Isso porque vocação não é exatamente a mesma coisa que profissão, nem simplesmente a mesma coisa que dom ou talento pessoal. A vocação é um chamado especial de Deus para cada pessoa. Todos somos chamados para alguma coisa. É para isso que Deus nos dá os dons. Eles não são a vocação, mas um instrumento que Deus nos oferece para que possamos viver a vocação da melhor maneira possível.

É assim que existem as chamadas VOCAÇÕES ESPECÍFICAS, que na Igreja são quatro:

a) Vida sacerdotal: 
São os padres. Pessoas consagradas a Deus pelo sacramento da Ordem. Com a unção recebida das mãos do Bispo, recebem autoridade para consagrar a Hóstia, transformando-a no corpo e sangue de Cristo, e dar a absolvição dos pecados. Apenas homens podem ser sacerdotes na Igreja Católica.


b) Vida Religiosa: 
São homens e mulheres consagrados a Deus para viverem um determinado carisma. Atendem o chamado de Deus e pronunciam os Votos de pobreza, castidade e obediência dentro de uma determinada congregação religiosa. Um exemplo são os Irmãos
Lassalistas, que dedicam toda a sua vida à educação da infância e da juventude. Há ainda Irmãos e Irmãs que trabalham com saúde, idosos, comunicações, etc. Cada uma tem o seu carisma próprio e destina-se a propagar o evangelho no mundo, levando a proposta do Reino de Deus às diversas pessoas e culturas.


c) Vida matrimonial: 
São as pessoas que casam. É das vocações talvez a mais conhecida e mais desejada. Uma família bem estruturada serve como um celeiro para as demais vocações. Dentro da Igreja, o matrimônio tem uam função muito importante, que é a de ser testemunha do amor de Deus. O casal tem a missão de educar bem os seus filhos na fidelidade a Deus e ao seu amor de pai.


d) Vocação leiga:
 É a vocação do cristão comprometido. Aqui se encaixam todas as pessoas que ajudam na Igreja: Diáconos permanentes, catequistas, ministros, etc. Há ainda determinados movimentos de leigos consagrados. É a vocação por essência do cristão porque quando este assume com garra a sua essência de batizado, assume também o compromisso de ser evangelizador.


E VOCÊ? QUAL A SUA VOCAÇÃO?
DE QUE FORMA VOCÊ VAI SEGUIR A CRISTO?