quinta-feira, 24 de maio de 2012

Maria, Mãe das Vocações



Maria é modelo de animação vocacional. Com ela aprendemos a realizar um serviço em prol das vocações e ministérios na escuta da Palavra e abertos à ação do Espírito Santo. Sua gestação não se reduz a dimensão física, mas é uma gravidez espiritual que assinala os novos filhos que geramos no seio da comunidade eclesial quando promovemos as vocações e ministérios suscitadas pelo Espírito.

A animação vocacional tem uma forte dimensão mariana que não se resume em apresentar a jovem Virgem de Nazaré como modelo de vocação, mas sobretudo porque ela nos inspira na realização desta missão.

Maria é o melhor referencial para o serviço vocacional que desenvolvemos nas comunidades. O serviço de animação vocacional é uma extensão da maternidade espiritual da Igreja. Quando atraímos, acolhemos, despertamos e acompanhamos os vocacionados, reafirmamos, que o batismo é fonte das vocações e enriquecemos a comunidade eclesial. A jovem vocacionada de Nazaré, é símbolo da humanidade chamada a comunhão com Deus, mediante a abertura ao Espírito que produz vida e ilumina o caminho dos vocacionados.

Maria, é imagem do serviço de animação vocacional que nos convoca a busca da santidade a qual se concretiza na plena adesão a proposta de Jesus Cristo. Ela nos precede na confiança ao Senhor e na entrega total da vida. Recordamos, que a primeira missão da animação vocacional não é a promoção das vocações específicas, mas dar testemunho de santidade a qual todos somos chamados. A animação vocacional ajuda os vocacionados e os animadores vocacionais a reconhecerem a ação silenciosa do Pai, que mediante o Espírito Santo nos chama a uma vida de comunhão com Ele.

Com Maria, também aprendemos que o chamado vocacional implica uma missão. Ela, mesmo grávida, fez sua primeira viagem missionária levando o Cristo até a casa de Zacarias e Isabel e nos ensinou que vocação é serviço e missão solidária.

Maria, assinala para uma animação vocacional atenta as necessidades das pessoas, servidora e missionária. Um serviço evangelizador e vocacional aberto a outras realidades sem descuidar de promover todas as vocações e ministérios.O perfil de vocacionada, que descobrimos nos evangelhos é de uma mulher socialmente pobre, que deu à luz a seu filho numa manjedoura. Esta é a mesma situação social de muitos vocacionados latino-americanos. Porém, percebemos que Maria era uma vocacionada com muita fé e sensibilidade social.

No Magnifica, vemos aflorar sua consciência crítica. Ela não canta apenas as maravilhas do Senhor, mas a reviravolta que Deus fez na história de Israel. Neste sentido, Maria aponta para uma animação vocacional com acentuada sensibilidade social e comprometida com os empobrecidos. Um serviço vocacional crítico, atento as necessidades da comunidade e da Igreja. Com Maria aprendemos a cantar a fé, a reconhecer as reviravoltas da história e a vibrar com as maravilhas de Deus a favor de seu povo. Na prática, isso significa que os animadores vocacionais não são pessoas que se preocupam apenas com a promoção das vocações e ministérios. Somos chamados a denunciar as injustiças e a promover a vida que também é vocação.Na primeira cena mariana do quarto evangelho, vemos a Mãe de Jesus participando da festa das bodas de Caná com o seu Filho e os discípulos. Esta passagem, aponta para uma animação vocacional “festeira”, que participa da vida da comunidade onde está inserida e atenta as necessidades dos vocacionados. Um serviço vocacional de olhos abertos à realidade dos vocacionados que tem sede do vinho novo oferecido por Jesus. Este “vinho bom” simboliza a espiritualidade entusiasta e corajosa dos animadores vocacionais que atraem, com seu testemunho de vida evangélica, novos vocacionados para a festa da vida.

A reflexão dos textos marianos do Novo Testamento, nos ajuda a compor o “retrato vocacional” de Maria com seu rosto de “mulher” que gerou o Filho de Deus. Está “mulher” nos convida a realizar um serviço simples, profundo e eficaz na geração de novos vocacionados, discípulos e missionários do Senhor. Dela, recebemos Jesus que nos conduz ao Pai. Maria é Mãe do Senhor e nossa Mãe pela qual nos chega a graça da vocação e a obra misericordiosa da salvação. Ela é toda de Deus, mas é também de cada vocacionado. Maria trás Deus aos vocacionados e nos eleva até o autor da vocação.

Fonte: cometabrilhante.spaceblog.com.br

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