Na sua alocução, que antecede a oração
mariana, Francisco deteve-se no Evangelho do Bom Pastor deste quarto
domingo da Páscoa, dizendo que “nos quatro versículos da leitura está
toda a mensagem de Jesus, existe o núcleo central do seu Evangelho: Ele
nos chama a participar da sua relação com o Pai, e esta é a vida
eterna”.
“Jesus – diz o Santo Padre – quer
estabelecer com os seus amigos uma relação que seja reflexo daquela que
Ele mesmo tem com o Pai: uma relação de pertencer reciprocamente na
plena confiança, na íntima comunhão. E para exprimir este entendimento
profundo, esta relação de amizade, Jesus usa a imagem do pastor com as
suas ovelhas: ele as chama e elas escutam a sua voz, respondem ao seu
chamado e o seguem. É belíssima esta palavra” – exclama Francisco.
Ele explica, que “o mistério da voz é
sugestivo: desde o ventre de nossa mãe aprendemos a reconhecer a sua voz
e aquela do papai. Do tom de uma voz percebemos o amor ou o desprezo, o
afeto ou a frieza. A voz de Jesus é única! Se aprendemos a
distingui-la, Ele nos guia no caminho da vida, um caminho que ultrapassa
também o abismo da morte”.
Após, o Papa destaca o versículo que
fala que ‘foi Deus Pai que confiou a Jesus as ovelhas, que somos nós’,
dizendo que “isto é um mistério muito profundo, não fácil de
compreender. Se eu me sinto atraído por Jesus, se a sua voz aquece o meu
coração, é graças a Deus Pai, que colocou dentro de mim o desejo de
amor, de verdade, de vida de beleza...Jesus é tudo isto em plenitude”,
afirma.
Francisco diz que muitas vezes Jesus nos
chama, nos convida a segui-lo, mas acontece alguma coisa que não nos
damos conta. Então dirigindo-se aos jovens presentes na Praça São Pedro,
perguntou: “alguma vez vocês escutaram a voz do Senhor através um
desejo, uma inquietação, convidando-os a segui-lo mais de perto? Já
sentiram o desejo de serem apóstolos de Jesus? À juventude é necessário
propor grandes ideais. Pergunte a Jesus que coisa ele quer de ti e seja
corajoso. Atrás e antes de cada vocação ao sacerdócio ou à vida
consagrada, tem sempre a oração forte e intensa de alguém: de uma nona,
de um nono, de uma mãe, de um pai, de uma comunidade...Por isto que
disse Jesus: “Orai ao Senhor para que mande operários à sua messe”.
“As vocações – explica o Papa – nascem
na oração e da oração; e somente na oração podem perseverar e dar fruto.
Me agrada sublinhar isto hoje, que é o Dia Mundial de Oração pelas
Vocações”.
Por fim, o Santo Padre pede orações
pelos novos sacerdotes por ele ordenados na manhã de hoje, invocando a
intercessão de Maria, que é a Mãe e a mulher do ‘sim’. Ela – disse o
Papa – aprendeu a reconhecer a voz de Jesus desde que o levava no seu
ventre. Maria nos ajude a conhecer sempre melhor a voz de Jesus e
segui-la, para caminhar no caminho da vida”.
Ao final da oração do Regina Coeli, o
Santo Padre fez um apelo pela paz na Venezuela: “Sigo com atenção os
acontecimentos em curso na Venezuela. Os acompanho com viva preocupação,
com intensa oração e com a esperança de que se encontrem caminhos
justos e pacíficos para superar o momento de grave dificuldade que o
país está atravessando. Convido o povo venezuelano, de modo particular
os responsáveis institucionais e políticos, a rejeitar com firmeza
qualquer tipo de violência e a estabelecer o diálogo baseado na verdade,
no reconhecimento recíproco, na busca do bem comum e no amor pela
nação.”
O Santo Padre também pediu aos fiéis para que rezem e trabalhem pela paz e confiou a Venezuela a Nossa senhora do Coromoto.
Papa Francisco, após, recordou as vítimas do terremoto na China.
Fonte: www.cnbb.com.br
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