quarta-feira, 15 de junho de 2011

Uma tarde na frente do Sacrário



Lá fora tudo é agitação, tudo é ruído do tráfego e total frenesi de velocidade, de impaciência ruído da vida e a Vida está aqui!
Quando as pessoas tem que pensar muito, caminhar muito, correr muito andam por aí, Senhor, por aí afora. Daqui se escuta o clamor do mundo. Ruído de carros, motos, ruído do intenso tráfego e do frenesi da velocidade, da impaciência Faz muito calor. Lá fora tudo é agitação, ruído da vida e a Vida está aqui. Nesta solidão, neste silêncio, nesta semipenumbra, neste sossego A nave deserta Mármore, vitrais, imagens nada tem vida, tudo é matéria morta, só tem algo que treme, que se move, que parpadeia: é a luz do Sacrário. Está sinalizando que neste silêncio, neste sossego, nesta grande paz está Deus. Um Deus que sendo Rei de todo o criado, está oculto atrás de umas cortininhas e uma pequena porta.
Silenciosa e humilde espera. Entrega e submissa esperança de um Deus que é todo amor. Mansidão infinita, paciência de séculos Loucura de amor de um Deus apaixonado pelas suas criaturas. Só a um Deus que morreu por amor lhe podia ter ocorrido semelhante entrega.
Aí estais, Senhor, fechado em todos os Sacrários do mundo, seja nos de ouro e pedras preciosas presentes nas mais imponentes e majestuosas catedrais, como nos mais humildes e simples de madeira, nas igrejas perdidas das serras e nas quase lendárias missões. Aí ficastes, Senhor, paciente e submisso, esperando. Porque os apaixonados não podem deixar os que amam e Vós iríes à Casa do Pai Celestial, ao Vosso verdadeiro Reino com a Vossa Mãe, com os santos, com os anjos e nós aqui, sós, tropeçando, caindo e perdendo o CAMINHO, tendo cada vez mais longe, mais borrado a recordação da Vossa passagem pela Terra.
Mas não, Vós ficastes aqui, dando tudo por nada; esperando, sempre esperando na Vossa grande loucura de amor; para que saibamos que não fostes, que estais aqui, para ser o nosso alimento, carne da nossa carne, sangue do nosso sangue; para compartilhar nossa alegria, para nos acompanhar na nossa solidão e nas nossas penas.
Supremo amor de todos os amores que não pôde deixar só ao coração do homem porque sabia que cedo ou tarde o coração do homem O buscaria, O necessitaria, O chamaria e Ele, sem perda de tempo lhe daria a resposta de amor:
_Aqui estou, sempre fiquei contigo nunca fui embora, estou sempre te esperando
Fonte: http://www.vocacao.org/content-a23.htm

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