sábado, 3 de setembro de 2011

Setembro: mês da alegria ou da dor?


Este mês, no qual a Igreja destaca seus 30 dias para fazer memória da PALAVRA, somos convidados pelo Senhor a tomar a mesma atitude do profeta Ezequiel: “E tu filho de homem, escuta o que te digo: não sejas rebelde, como esta casa de rebeldes; abre a boca e come o que vou te dar. Olhei: uma mão estava estendida para mim, segurando um livro enrolado” (Ez 2,8-9). Atitude essa, que faz com que este Atalaia seja um servo fiel e dedicado ao Senhor, para que quando recebermos a Palavra possa como Ezequiel dizer: “Eu o comi; na minha boca ele tinha a doçura do mel” (Ez 3,3). É a partir deste gesto profético, que convido você irmão, de forma especial, VOCÊ JOVEM, a fazer desta Palavra uma fonte de discernimento e de instrução para a sua vida cristã.
Mas, como é proposto o tema “Setembro: mês da alegria ou da dor?”, aproveito a oportunidade com e através da Palavra, para fazer memória do nosso saudoso e bom pastor: Dom Ricardo (in memória). Ele que nas suas fraquezas, tornou-se verdadeiro Atalaia do Senhor, tomando em sua boca o rolo da Sagrada Escritura e deixando-a chegar ao coração, para assim anunciá-la, com um coração repleto do amor do Pai, a corações fechados, manchados e machucados pelo pecado. De fato, se torna especial essa memória, porque aos 05 de setembro de 1939, veio ao mundo esse belo e formoso homem de Deus, enviado as terras do Brasil, de modo especial do oeste baiano, para cultivar e colher os anseios do anuncio da Palavra. E hoje para o eterno Dom Ricardo (in memória) esta Palavra se cumpre, pois no dia 17 de agosto de 2010, há um ano e alguns dias, ele foi chamado para sentar-se a direita do Pai Eterno e contemplar a sua amorosa face Paterna. Ele que foi um grande servo da Palavra, se fazendo ouvinte, Dom Ricardo fez com que a sua própria vida fosse um eterno anuncio. E por meio da Palavra viva, ele soube suportar a provação e as tribulações, para depois receber a coroa da vida, prometida aqueles que amam o Pai, como diz São Tiago em sua carta (1,12).
É no cumprimento desta Palavra, que como verdadeiros cristãos batizados, redimidos pelo Senhor na cruz dos nossos pecados, e sendo preparados para cada vez mais receber o seu amor e a sua graça, nos regozijamos em dizer como o discípulo que se intitula o amado do Senhor: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem acredita em mim, mesmo que morra, viverá. E todo aquele que vive e acredita em mim, não morrerá para sempre” (Jo 11, 25-26). A nós, resta agradecer a esse amável e eterno pastor com o nosso muito obrigado, porque a sua presença nos foi um verdadeiro anúncio e vivência da Palavra. Confiantes na misericórdia de Deus, alegres em saber que o nosso eterno pastor está no céu com o Pai, suplicamos à ação do Espírito Santo, para que possamos tomar a Palavra e comê-la, deixando-a transformar o nosso ser em anúncio para todos.
Portanto, nos alegramos em saber que Dom Ricardo (in memória) está com o Pai, mas sentimos a dor e a saudade pela falta da sua presença serena ao nosso lado a nos orientar e conduzir. Que possamos dizer como São Tiago: “Meus irmãos, fiquem alegres por terem que passar por todo tipo de provações, pois vocês sabem que aprendem a perseverar quando sua fé é posta à prova” (1,2-3).



 Por: Pedro Felipe Macedo Ramos
                                                                                              2º ano de Teologia – Diocese de Barreiras

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