sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

LECTIO DIVINA, Domingo, 05 de fevereiro de 2012, 5º Domingo do Tempo Comum – Ano B

Assim já não sou eu quem vive, mas Cristo é quem vive em mim (Gl 20.20)
 

TEXTO BÍBLICO: Marcos 1.29-39

A cura da sogra de Pedro
29E logo, saindo da sinagoga, foram à casa de Simão e de André, com Tiago e João.
30E a sogra de Simão estava deitada, com febre; e logo lhe falaram dela.
31Então, chegando-se a ela, tomou-a pela mão e levantou-a; e a febre a deixou, e servia-os.
32E, tendo chegado a tarde, quando já estava se pondo o sol, trouxeram-lhe todos os que se achavam enfermos e os endemoninhados.
33E toda a cidade se ajuntou à porta.
34E curou muitos que se achavam enfermos de diversas enfermidades e expulsou muitos demônios, porém não deixava falar os demônios, porque o conheciam.
35E, levantando-se de manhã muito cedo, estando ainda escuro, saiu, e foi para um lugar deserto, e ali orava.
36E seguiram-no Simão e os que com ele estavam.
37E, achando-o, lhe disseram: Todos te buscam.
38E ele lhes disse: Vamos às aldeias vizinhas, para que eu ali também pregue, porque para isso vim.
39E pregava nas sinagogas deles, por toda a Galileia, e expulsava os demônios.
Nova Tradução na Linguagem de hoje (NTLH)

1. LEITURA

Que diz o texto?
Pistas para leitura
Queridos todos:
Neste Domingo, o texto evangélico que Marcos nos oferece apresenta uma espécie de síntese ou de esquema de uma jornada típica de Jesus nesta primeira fase de seu ministério público. De alguma forma, o evangelista busca dar ao missionário os elementos essenciais de sua vida a exemplo do Mestre: oração litúrgica na sinagoga, anúncio, cura particular, oração privada, anúncio e curas em outros lugares. Todo o relato colocado para nossa consideração pode ser dividido em quatro partes:
1. Vv. 29-31: cura da sogra de Pedro.
2. Vv. 32-34: relato sumário de várias curas.
3. Vv. 35-38: oração e interpelação a Jesus, e saída para outros povoados para anunciar a boa notícia.
4. V. 39: novo relato sumário de evangelização e expulsão de demônios realizadas por Jesus.
No caso da cura da sogra de Pedro, notamos um relato de milagre muito simples, sem traços de espetaculosidade, como veremos em outros milagres do Senhor. A cura realiza-se sem palavra alguma de Jesus. É interessante deter-se em alguns detalhes: toma-a pela mão, ela levanta-se, começa a servir… É importante saber que a febre, naqueles tempos, podia ser imediatamente indício de uma enfermidade mortal.
Ao anoitecer, logo após terminar a celebração do Sábado, conduzem ao Senhor enfermos e endemoninhados. Ele cura-os a todos. Expressa-se claramente a compaixão de Deus para com seu povo, mediante o Reino que já está presente. O “todos” é bem inclusivo…  Não se descrimina nem o tipo de enfermidade, nem de demônios.
Após um dia agitado, o Senhor necessita de solidão e de oração. A oração é, para Jesus, a fonte e o motor de seu trabalho evangelizador. Assim deveria ser para todo cristão… Sua atitude é de retiro, não de fuga. A partir da oração, ele “reconcentra-se” para o exercício de seu ministério. Afasta-se, mas vai ser interrompido porque “todos” o procuram… O Senhor escapa à multidão que, em parte, busca-o somente por causa das curas, e se dirige a outros lugares, onde também precisa anunciar a boa notícia. Jesus, em Cafarnaum, dá uma lição de desapego à sua pessoa em relação a algumas perspectivas de “messianismo triunfalista” que tinham muitos de seus contemporâneos.
No final do relato, no versículo 39, volta a aparecer a ação reveladora do Reino, com o Senhor que percorre toda a Galileia anunciando o Reino e expulsando demônios.
Para levar em conta: Capernaum ou Cafarnaum (hebraico: Kefar Nahum, “povoado de Naum”), era um antigo povoado situado na Galileia, hoje Israel, às margens do Mar da Galileia, também chamado Lago Tiberíades ou Kineret. É conhecida pelos cristãos como “a cidade de Jesus”. Mencionada no Novo Testamento, foi um dos lugares escolhidos por Jesus de Nazaré para transmitir sua mensagem e realizar alguns de seus milagres.  Encontra-se a 2,5km de Tabga e a 15km da cidade de Tiberíades, à margem noroeste do lago…
Outros textos bíblicos a serem comparados: Mt 8.14-16; Lc 4.38-44. Jó 7.1-7 (primeira leitura deste Domingo).
Perguntas para a leitura
  • De onde sai Jesus e aonde se dirige?
  • Quem o acompanha?
  • O que acontece na casa de Simão Pedro?
  • De que forma Jesus cura a sogra de Simão Pedro?
  • O que faz ela ao recuperar-se?
  • O que acontece ao anoitecer?
  • Como reage Jesus diante dos enfermos e endemoninhados que lhe são trazidos à porta de casa?
  • O que faz Jesus de madrugada?
  • Quem busca o Senhor?
  • O que lhe dizem?
  • O que lhes responde Jesus?
  • O que termina fazendo o Senhor no final do relato?

2 – MEDITAÇÃO

O que me diz? O que nos diz?
Perguntas para a meditação
  • Em que medida posso identificar-me, hoje, com a sogra de Pedro que está enferma e com febre? Quais são minhas “enfermidades” e minhas “febres” hoje?
  • Deixo que Jesus se aproxime, me tome pela mão e me cure de minhas enfermidades?
  • Experimento a força e a graça de Deus em meu coração, que me impelem ao serviço?
  • Conduzo outros “enfermos” até a porta da “casa” de Jesus, para que ele os cure?
  • O que me sugere a atitude de Jesus, que se levanta de madrugada e se dirige a um lugar solitário para orar?
  • Sou capaz de aprender de Jesus, que não se deixa manipular pelas circunstâncias, mas que discerne o que precisa fazer em cada momento, segundo a vontade do Pai que ele descobre na oração?

3 – ORAÇÃO

O que lhe digo? O que lhe dizemos?
Faremos oração com este Evangelho deixando-nos iluminar pelo Salmo 147 (146-147), 1-6, que é o correspondente para este Domingo:
147
1Louvai ao SENHOR,
porque é bom cantar louvores ao nosso Deus;
isto é agradável;
decoroso é o louvor.
2O SENHOR edifica Jerusalém;
congrega os dispersos de Israel;
3sara os quebrantados de coração
e liga-lhes as feridas;
4conta o número das estrelas,
chamando-as a todas pelos seus nomes.
5Grande é o nosso Senhor
e de grande poder;
o seu entendimento é infinito.
6O Senhor eleva os humildes
e abate os ímpios até à terra.
Detenhamo-nos particularmente no v. 3, onde se louva a Deus que cura as feridas dos que perderam a esperança.

4 – CONTEMPLAÇÃO

Como interiorizo a mensagem? Como interiorizamos a mensagem?
Para realizar a contemplação deste texto meditado e orado, pode ajudar-nos a repetição ritmada da frase do texto:
“34E curou muitos …”
Ao recitá-la, pensar nas pessoas que conhecemos, que de maneira particular, precisam da cura de Jesus.

5 – AÇÃO

A que me comprometo? A que nos comprometemos?
Propostas pessoais
  • Tentar priorizar a oração a sós com Jesus.
  • Discernir, espiritualmente, para aprender a dar prioridade ao que é mais importante, não se deixando levar somente pelas pressões externas.
Propostas comunitárias
  • Conversar, em seu grupo de jovens, a respeito das enfermidades que existem em seu meio ambiente.
  • Propor alguma ação concreta para aproximar os “jovens enfermos” de Jesus, levando-os até à porta de sua casa.
 

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